Sob coordenação da Unicentro, Guarapuava será sede do maior evento científico do estado

Sob coordenação da Unicentro, Guarapuava será sede do maior evento científico do estado

A cidade de Guarapuava se prepara para se tornar, em 2025, o epicentro da ciência, tecnologia e inovação no Paraná. A cerimônia de lançamento do Paraná Faz Ciência 2025, realizada na última sexta-feira (11), marcou o início da contagem regressiva para o maior evento científico do estado, que acontecerá entre os dias 29 de setembro a 3 de outubro, sob coordenação da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro).

Promovido pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), o evento tem como principal objetivo aproximar a produção científica das comunidades, democratizando o conhecimento e evidenciando o papel transformador da ciência no desenvolvimento social. A iniciativa também integra a programação da 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

O reitor da Unicentro, professor Fábio Hernandes, celebrou a escolha como um reconhecimento ao trabalho científico desenvolvido. “O fato de a Seti confiar à Unicentro a responsabilidade de coordenar este evento mostra que somos uma universidade séria, comprometida e preparada. É um momento muito importante e feliz. Vamos realizar o Paraná Faz Ciência com união, envolvendo todas as universidades públicas, centros de pesquisa e instituições que trabalham com ciência e inovação na região e no estado. Queremos que Guarapuava respire ciência, tecnologia e inovação ao longo da semana. Vamos fazer de tudo para que seja um grande evento”, destacou.

O vice-reitor da universidade, professor Ademir Juracy Fanfa Ribas, reforçou o impacto regional da iniciativa. “Será uma vitrine para mostrar à sociedade tudo o que fazemos em pesquisa e extensão. Temos muitos projetos transformadores e esse será um momento ímpar de apresentá-los à comunidade”, salientou Ademir.

Coordenadora-geral da iniciativa, a professora Marquiana de Freitas Villas-Boas Gomes também ressaltou o caráter transformador do evento. “Coordenar o Paraná Faz Ciência será uma experiência enriquecedora para nós. Ao compartilhar esse conhecimento, do que fazemos na prática, estamos democratizando e popularizando a ciência, tornando-a mais acessível e próxima das pessoas. É uma forma de evidenciar como a ciência transforma a nossa vida cotidiana e contribui, de maneira concreta, para o bem-estar da sociedade”, enfatizou.

A programação será ampla e dinâmica, das 9h às 21h, com exposições, oficinas, mostras interativas e atividades culturais. A expectativa é atrair também entre 15 a 20 mil estudantes do ensino médio, especialmente de escolas públicas, conforme explicou o coordenador administrativo do Paraná Faz Ciência, Jeferson Carraro. “Estamos buscando alternativas para que esses alunos tenham transporte e alimentação, para que possam passar horas, a tarde, talvez até o dia dentro do evento, imersos em ciência, conhecendo iniciativas inspiradoras”, informou.

Unicentro inaugura bloco didático e inicia ações acadêmicas no Hospital Regional

Durante a cerimônia de lançamento do Paraná Faz Ciência, também foi feita a inauguração do bloco didático da Unicentro dentro do Hospital Regional do Centro-Oeste – Deputado Bernardo Ribas Carli (HRCO), simbolizando um novo capítulo na integração entre ensino e saúde pública.

A iniciativa é resultado de um termo de cooperação firmado em agosto do ano passado entre as secretarias de Estado da Saúde (Sesa) e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e a Unicentro. O espaço funcionará como hospital escola, promovendo a vivência prática dos estudantes dos cursos de Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Medicina, Nutrição e Serviço Social. A parceria também prevê que os estudantes do curso de Medicina da Unicentro realizem o internato — uma etapa obrigatória de prática médica supervisionada — no hospital ao longo dos próximos cinco anos. O Hospital Regional, ligado à Fundação Estatal de Atenção em Saúde do Paraná (Funeas), atende pacientes de 20 municípios da 5ª Regional de Saúde por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Com uma média de 540 cirurgias por mês, a unidade vem se consolidando como referência em atendimento cirúrgico.

Além do ensino, o espaço também será usado para pesquisas científicas em programas de mestrado e doutorado, contribuindo ainda mais para a formação dos profissionais e para a produção de conhecimento na área da saúde.

O secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Nelson Bona, destacou a importância do momento como um marco histórico para a região, de um sonho que começou ainda na fase de elaboração do projeto do Hospital Regional, quando já se vislumbrava a estrutura como espaço formativo para o futuro curso de Medicina. “O curso tornou-se realidade e já formou sua primeira turma. Hoje, o hospital possui uma casuística expressiva e atende a população de todo o estado. Torná-lo também um campo de formação prática para estudantes da área da saúde estabelece uma relação de ganha-ganha: ganham a universidade, os professores e estudantes com a oportunidade de aprendizado, e ganha a sociedade, que contará com serviços assistenciais prestados por esses profissionais em formação. Por isso, há muito o que se comemorar neste dia”, afirmou o secretário estadual.

Estudantes de Medicina da Unicentro veem no espaço como o início de um novo capítulo para o curso. A aluna Maria Eduarda Omoto expressa o sentimento coletivo dos acadêmicos. “Estamos felizes e gratos. As nossas expectativas são muito altas. O curso de Medicina da Unicentro sempre sonhou alto. Ver o emblema da universidade na parede do hospital é a materialização de que esses sonhos são possíveis”, declarou a jovem.

Genomas Paraná: ciência de ponta para a saúde pública

A cerimônia realizada no Hospital Regional representou mais um marco histórico com a inauguração do Centro Âncora do Projeto Genomas SUS (GenSUS) e a divulgação dos primeiros mil genomas sequenciados. A Unicentro, em parceria com o Instituto para Pesquisa do Câncer (Ipec), atua como instituição executora do projeto em Guarapuava. Juntos, formam o Centro Âncora vinculado ao Genomas SUS, do Ministério da Saúde.

De acordo docente do Departamento de Medicina da Unicentro, coordenador da Rede de Pesquisas Genômicas, diretor-presidente do Ipec e um dos idealizadores do Vale do Genoma, professor David Livingstone Figueiredo, esse é um projeto audacioso que coloca a instituição em um seleto grupo de apenas oito centros âncoras no país. Além disso, são cerca de quatro mil coletas no total, consolidando a estrutura necessária para desenvolver pesquisas de longo prazo. “O que já podemos afirmar é que estamos construindo uma estrutura inédita no país: um banco de informações genômicas associado a dados digitais de saúde, com uma amostra que representa de forma real a população. São dados concretos que poderão impactar a saúde pública a médio prazo”. A proposta é utilizar esses dados para fortalecer a saúde pública, viabilizando a implantação da medicina de precisão no estado, com diagnósticos mais assertivos e tratamentos personalizados.

Por Poliana Kovalyk

Confira as fotos dos eventos no Banco de Imagens da Unicentro.


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