
Unicentro acolhe intercambistas em recepção oficial de boas-vindas
Na tarde da segunda-feira (7), a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) realizou a recepção oficial dos estudantes internacionais que participam do curso de Português como Língua Estrangeira, promovido em parceria com o Ministério das Relações Exteriores. Reunidos no Câmpus Santa Cruz, essa recepção tem como principal objetivo situar os alunos em relação à universidade, aos serviços oferecidos e, especialmente, destacar a importância da inserção deles na comunidade acadêmica da Unicentro.
“É uma oportunidade para que eles percebam a importância de estarem inseridos nesse curso, que abre portas para o futuro acadêmico. Por meio do curso, eles se preparam para o exame Celpe-Bras e, ao serem aprovados, podem ingressar em universidades brasileiras”, explica a coordenadora da Coordenadoria de Relações Internacionais (Coori), Cibele Lemke.

Intercambistas conheceram mais sobre a Unicentro
Os estudantes, vindos de diferentes países, são encaminhados para a Unicentro por meio de um ofício do Ministério das Relações Exteriores. Diferente dos refugiados, explica Cibele, eles são considerados estudantes internacionais e chegam ao Brasil com comprovação de capacidade financeira para custear moradia e alimentação. Ainda assim, a universidade presta apoio por meio da Pró-Reitoria de Apoio aos Estudantes (Proae), com atendimento psicossocial, orientação sobre vacinas e auxílio em questões de moradia.
O reitor da Unicentro, Fábio Hernandes, destaca que receber estudantes internacionais mostra o quanto a universidade está inserida no cenário global da educação. “A Unicentro já tem participado dessas ações há algum tempo, e isso nos dá visibilidade internacional. A internacionalização é um dos pilares para uma universidade forte e inclusiva, e temos feito isso com excelência”, pontua.
Segundo o reitor, esse processo envolve diversas instâncias da universidade — professores, agentes universitários, estudantes e coordenadorias — de forma colaborativa. “É preciso entender a realidade desses jovens, a cultura e a condição socioeconômica para acolhê-los com empatia. Sabemos o quão importante isso é e, por isso, temos uma equipe preparada”, acrescenta.
As aulas de português já começaram e são ministradas tanto presencialmente, por meio do Promul, quanto remotamente, via Centro de Línguas do Câmpus de Irati, com a professora Larissa de Cássia Antunes Ribeiro. Os estudantes têm encontros três vezes por semana, em uma rotina intensa de aprendizagem. O foco é a preparação para o Celpe-Bras, exame oficial de proficiência em português como língua estrangeira, aplicado duas vezes ao ano — em março e outubro.
“Foi um desafio estruturar esse curso, porque é algo novo para a universidade. Nós estudamos bastante a realidade desses estudantes e buscamos inseri-los de forma respeitosa e acolhedora na nossa cultura, ao mesmo tempo em que desenvolvemos o trabalho linguístico. Está sendo uma experiência emocionante e esperamos que essa iniciativa se fortaleça cada vez mais”, relata Larissa.

Reitor Fábio Hernandes participou da acolhida aos intercambistas
Haris Naeem é paquistanês e está no Brasil há pouco mais de um ano. Ele acabou de prestar a prova do Celpe-Bras e aguarda o resultado para ingressar na faculdade de medicina. O intercambista conta sobre a dificuldade de aprender português, mas reforça a qualidade do ensino oferecido pela Unicentro. “Português é uma língua difícil para nós. Conseguimos aprender, porque tivemos professores muito bons, que explicavam de novo sempre que a gente não entendia. Foi muito importante também ter o apoio da Coori, porque sempre que temos problema, eles ajudam”,
A previsão é de que os estudantes fiquem até dezembro. Caso não sejam aprovados no primeiro exame, poderão permanecer por mais alguns meses para prestar a segunda prova. Além das aulas, os intercambistas são incentivados a participar de atividades culturais e acadêmicas da universidade, a fim de ampliar ainda mais sua imersão linguística e cultural. “Ficamos felizes não só por preparar estudantes brasileiros para o mundo, mas também por sermos capazes de acolher estudantes estrangeiros que criam vínculos com a nossa universidade e com a nossa região. Quem sabe muitos deles venham para ficar”, finaliza Cibele.
Por Caroline Albertini
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