Unicentro integra missão nos EUA para ampliar pesquisas em Ciências Forenses

Unicentro integra missão nos EUA para ampliar pesquisas em Ciências Forenses

A Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), representada pelo reitor Fábio Hernandes e pelo docente Márcio Fernandes, integrou a delegação brasileira que visitou os Estados Unidos com o objetivo de firmar parcerias na área de Ciências Forenses. A missão deve contribuir com as atividades do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) de Segurança Pública e Ciências Forenses, do qual a Unicentro é integrante. A missão, destaca o reitor Fábio Hernandes, permitiu conhecer iniciativas internacionais que combatem crimes como a falsificação de medicamentos e o contrabando, além de possibilitar futuras parcerias acadêmicas e institucionais. “Nos Estados Unidos, a ciência forense é uma referência mundial. Fomos visitar universidades, unidades policiais e laboratórios para entender como eles trabalham com essas temáticas”, compartilha.

Durante as visitas, a comitiva também buscou referências para a estruturação do primeiro museu da América dedicado à conscientização sobre falsificação e contrabando. A instalação do espaço, que deve ser em Curitiba, também é uma das atividades propostas pelo Napi Segurança Pública & Ciências Forenses. “Esse museu não será apenas um espaço de exposição, mas um centro interativo de conscientização. Jovens e estudantes poderão interagir com tecnologias para compreender os danos que essas práticas ilegais causam à sociedade”, destaca o reitor.

A delegação foi composta por sete integrantes – o reitor Fábio Hernandes e o professor Márcio Fernandes, da Unicentro; o perito criminal da Polícia Científica do Paraná, Emílio Merino; o diretor-geral da Polícia Científica do Paraná, Luiz Rodrigo Grochocki; a diretora do setor de Ciências Exatas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Caroline D’Oca; e os deputados federais Rodrigo Estacho e Paulo Litro. A presença dos parlamentares, avalia o reitor, foi fundamental para discutir eventuais mudanças na legislação brasileira sobre falsificação e contrabando. “Também queremos entender como estão as leis brasileiras no combate a esta temática. Nesse sentido, os deputados serão pessoas chaves para alguma eventual mudança na legislação”.

Agenda – A missão internacional foi extensa e incluiu visitas a diversas instituições e empresas estratégicas nos Estados Unidos. Em um primeiro momento, a comitiva esteve em Baltimore, onde visitou a Universidade de Baltimore e o departamento de justiça criminal da Coppin State University para conhecer as estruturas e metodologias dos cursos de graduação em ciência forense.

Na sequência, a delegação conheceu a estrutura do DEA Museum, em Washington, que trabalha a conscientização sobre o impacto das drogas na sociedade, além da Embaixada do Brasil. “Fomos recebidos pela embaixadora Maria Luiza Viotti e a conversa foi voltada aos desafios para a importação de equipamentos por parte da Polícia Científica do Paraná, que integrava a comitiva”, pontua o reitor.

Em seguida, em Newark, o grupo visitou a sede da Johnson & Johnson, onde especialistas explicaram como a empresa mapeia e combate a falsificação de medicamentos. O encontro, destacou o reitor Fábio, foi essencial para compreender os desafios enfrentados por grandes indústrias na identificação e contenção de fraudes. “Eles têm um setor que trabalha com as falsificações. Eles analisam de que país veio, qual é a composição, fazem o rastreamento e falam com a polícia”, detalhou.

Já em Nova York, a comitiva brasileira participou de reuniões com a equipe da farmacêutica Pfizer, que apresentou como é feito o rastreamento de desvios e falsificações de seus produtos para garantir a segurança dos pacientes. A comitiva ainda visitou a Agência Federal de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos, onde pode conhecer sobre os métodos adotados para detectar produtos ilegais.

Encerrando a agenda, a delegação esteve nos laboratórios de ciência forense da Pfizer, em Groton, onde os especialistas mostraram como analisam medicamentos suspeitos de falsificação e identificam sua composição e origem.

Impactos da viagem para futuras parcerias – Os resultados da missão internacional, ressalta o reitor Fábio Hernandes, incluem a possibilidade de intercâmbios acadêmicos e parcerias para pesquisas conjuntas. “Foi uma agenda muito produtiva, todas as visitas devem gerar alguns convênios. Vejo que a Unicentro está à frente, no Brasil, no sentido da ciência forense. Então, eu acredito que a possibilidade do intercâmbio seja grande, principalmente dos pesquisadores que são da carreira da Polícia Científica do Paraná, que já desenvolvem trabalhos nessa temática”, projeta.

Como próximo passo, antecipa o reitor, o Napi Segurança Pública & Ciências Forenses está organizando um evento em agosto para estreitar laços com as instituições visitadas. “Além disso, o Napi também vai auxiliar na identificação de possíveis alterações de leis no Brasil, por meio dos deputados, para verificar como está a lei do contrabando e da falsificação no nosso país, se precisa melhorar e se os deputados poderão nos auxiliar com isto”, disse.

Para o reitor, a missão foi exitosa, considerando que foram repassados muitos conhecimentos, principalmente no sentido da segurança, do contrabando e da falsificação. “Eles nos explicaram muito como é que trabalham com esse levantamento de informações e eu vejo que a nossa universidade, por meio dessas pesquisas que estão sendo desenvolvidas no Programa de Pós-Graduação em Química, tem uma similaridade bastante grande”, avalia. “A Unicentro, com certeza, tem muito a ganhar. Foi uma agenda em que eles nos abriram as portas e realmente apresentaram os problemas que eles enfrentam com essas temáticas e como eles têm trabalhado para diminuir o contrabando e a falsificação. Eu acredito que parcerias virão rapidamente”, finaliza.

 

 

 

Por Maíra Machado


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