Projeto da Unicentro analisa a formação exigida para profissionais da educação em editais de municípios do Paraná

A professora Aliandra Cristina Mesomo Lira, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), foi uma das contempladas pelo Programa de Bolsas de Produtividade em Pesquisa e/ou Desenvolvimento Tecnológico da Fundação Araucária.  A pesquisa tem o objetivo de analisar editais de prefeituras de 32 municípios do estado do Paraná e busca reforçar a importância da formação superior na área.

Estudo da docente Aliandra Mesomo tem o objetivo de analisar editais de 32 municípios.

O projeto “Formação dos profissionais da Educação Infantil no Estado do Paraná: estratégias adotadas na contratação e possíveis impactos na prática pedagógica (2015-2024)” ainda terá a amostragem selecionada, mas irá abranger municípios de variados portes, tanto pequenos quanto maiores. “Eu busco identificar qual a formação exigida nesses editais de concursos, de contratação de profissionais de educação infantil, e qual a formação que esses editais pedem”, explica a docente do Departamento de Pedagogia de Guarapuava.

De acordo com a professora, a legislação exige formação em nível superior para profissionais da educação infantil, porém muitos editais usam estratégias para ter menos gastos. “Algumas cidades lançam editais de contratação com cargos com nome diferente de ‘professor’. Eles criam ‘cuidador de crianças’, ‘atendente ao educando’, que exige um perfil de formação diferente. Eles nem colocam formação na área da educação”, disse Aliandra, afirmando que todas as ações que envolvem crianças são ações pedagógicas, portanto exigem um preparo que é adquirido somente por meio do ensino superior.

A bolsa produtividade, segundo Aliandra, é uma conquista que todo pesquisador busca e que irá viabilizar a realização do projeto. “Depois de mais de 20 anos na área da educação, a bolsa produtividade dá mais tranquilidade e condições para a gente desenvolver essa pesquisa com maior dedicação. Acho que é uma valorização da pesquisa enquanto prática inerente ao nosso trabalho na universidade”, finaliza a docente.

Por Ana Flávia Godoy, com supervisão de Giovani Ciquelero