Docentes de Matemática participam de capacitação com foco em metodologias inovadoras de ensino

O Departamento de Matemática do Câmpus Cedeteg da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) está promovendo uma série de capacitações para seus professores com foco em novas metodologias de ensino. A iniciativa foi possível graças à verba advinda da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), por meio da Encomenda Governamental nº 6/2024.

Os primeiros encontros da capacitação foram realizados nos dias 12 e 13 de fevereiro. Ao todo, serão oito etapas de palestras e minicursos, sendo quatro realizadas em fevereiro e as demais previstas para os meses de março ou abril.

Segundo o chefe do Departamento de Matemática, Rudinei Luiz Bogo, serão abordados temas como: sala de aula invertida, aprendizagem baseada em problemas e ferramentas de inteligência artificial que podem, inclusive, contribuir na elaboração do plano de aula do professor. “Nosso intuito é aproximar os docentes das novas metodologias ativas, de tecnologias e inovações para que eles saiam da zona de conforto e atendam à demanda dos estudantes, que cada vez mais buscam por um ensino dinâmico e participativo”, explicou o docente.

Na última terça-feira (13), o palestrante Marlon Brunetta, CEO da Moonshot Educação, compartilhou experiências com os docentes. Sua empresa é especializada na formação de educadores de diferentes níveis, da educação básica à pós-graduação, sempre com foco em metodologias ativas e tecnologias educacionais.

Marlon destacou a importância de romper com o modelo tradicional de ensino. “A maior parte de nós foi educada em um formato centrado no professor, que utiliza o quadro negro, o PowerPoint e a transmissão direta de informações. Esse método pode coexistir com novas abordagens, mas não deve ser a única ferramenta. Estudos demonstram que aprendemos melhor quando interagimos, nos testamos e colocamos a mão na massa”, afirmou.

Entre as metodologias abordadas por Marlon estão a “sala de aula invertida” e a “aprendizagem entre pares”. Segundo o palestrante, essas práticas dão mais protagonismo ao aluno, que passa a ser corresponsável pelo próprio processo de aprendizagem. “O aluno deixa de ser um agente passivo e passa a buscar informações, enquanto o professor assume um papel de facilitador, propondo questionamentos, provocando reflexões e utilizando tecnologias para monitorar o progresso da turma”.

Por Poliana Kovalyk