Agricultores familiares recebem declarações de produção orgânica assessorados pelo Paraná Mais Orgânico
No mês de agosto, 11 agricultores do município de Laranjal e outros 10 com propriedades localizadas em Quedas do Iguaçu receberam a declaração de produção orgânica, indicando que não há utilização de agrotóxicos no processo produtivo. A declaração é resultado da participação desses agricultores no programa Paraná Mais Orgânico (PMO), núcleo Unicentro. O PMO é uma iniciativa do Governo do Paraná, que oferece atendimento e acompanhamento gratuito para os produtores rurais que desejam migrar do sistema de cultivo convencional para a produção livre de agrotóxicos.
As 21 declarações foram conferidas a partir da modalidade Organização de Controle Social (OCS). Nessa categoria, o projeto organiza um grupo com os agricultores interessados que, com o auxílio da equipe do PMO, são cadastrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Para o funcionamento da associação, os agricultores pertencentes à OCS fiscalizam as práticas de manejo uns dos outros.
Rogério dos Santos é agricultor no município de Laranjal e faz parte da OCS Paraíso Orgânico. “Ter a declaração de orgânico é muito importante para nós. Ela vem abrindo portas, daqui para frente vem a melhoria nos preços, é notável a melhor aceitação do nosso produto”, afirma. Outra produtora familiar integrante da Paraíso Orgânico é Rosana Gonçalves. Ela avalia que para as mulheres o selo tem ainda mais importância. “Para nós, mulheres, ter incentivo como este que o Paraná Mais Orgânico fornece é muito bom porque nos sentimos valorizadas como produtoras rurais”.
No município de Quedas do Iguaçu estão localizadas duas OCSs – a Sementes e a Inovar. Em cada uma delas foram emitidas cinco declarações durante o mês de agosto. “No meu ver, para nós, é de grande importância, porque estamos nos livrando do agrotóxico e melhorando a nossa saúde. E também, o que sobra para vender, nós podemos pegar um precinho melhor”, explica o agricultor Wilson Tavares. O seu João Matoso concorda que a declaração traz com ela a garantia de que está colaborando para colocar alimentos mais saudáveis, já que são livres de agrotóxicos, na mesa dos consumidores. “O nosso interesse é cuidar da saúde e garantir o nosso alimento e a nossa subsistência na nossa moradia. Então, o nosso lema é esse: boa saúde para todos”, conta.
A expectativa da coordenação do programa é que, nesse segundo semestre de 2024, fossem conferidas cerca de dez declarações via OCS. Essa meta, porém, foi superada já no mês de agosto. Para o coordenador do Núcleo Unicentro do PMO, professor Jackson Kawakami, do Departamento de Agronomia, triplicar a emissão de declarações evidencia o bom uso do dinheiro público, mostrando que a verba ali investida traz bons resultados. “Valoriza e torna rentável as práticas de manejo orgânicas, contribuindo para um sistema que busca a sustentabilidade econômica, ecológica e social”, finaliza o docente.