Unicentro sedia 4º Seminário de Formação de Professores Intercultural e Bilíngue Indígenas, Quilombolas e do Campo
A Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) recebe, entre os dias 18 e 20 de julho, os participantes do 4º Seminário de Formação de Professores Intercultural e Bilíngue Indígenas, Quilombolas e do Campo, organizado pelo Departamento de Pedagogia da universidade (Deped).
Além da Unicentro, também estão presentes alunos e professores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Universidade Federal de Santa Catarina (Ufsc), Mangueirinha, Chopinzinho, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) e da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). “Nesta edição, a novidade é a ampliação para a questão da educação do campo e quilombola, além da indígena que já vinha participando. É um trabalho bem importante na formação de professores porque a gente consegue trazer todos os nossos acadêmicos para a universidade. É importante para eles estarem aqui, conviverem, verem o que é a universidade, mas também mostrar para a sociedade que a Unicentro faz, no campo, a formação de professores indígenas, que é um trabalho bem importante”, explica o professor Marcos Gehrke.
Com a realização desse seminário, o Departamento buscou promover a discussão e a interação entre os cursos de pedagogia das diferentes universidades. “O objetivo maior do evento é compartilhar as experiências vivenciadas pelas universidades. A gente apresenta também a educação do campo, que nós temos o curso aqui na Unicentro, e fala um pouquinho de como se dá a formação para o sujeito que vive no campo e para os quilombos”, comenta a coordenadora do curso de Pedagogia Indígena, Mariulce Leineker. “Além disso, é significativo também falar da importância de trabalhar o bilinguismo em todas as categorias que trabalham com a educação indígena”, complementa.
Os participantes do evento foram os acadêmicos do 1º e 4º ano de Pedagogia Indígena e Pedagogia do Campo, além de professores e estudantes de pós-graduação. “A gente vem em busca de mais conhecimento como professor bilíngue intercultural, aprender como deve ser dentro da sala de aula”, comenta a acadêmica do 4º ano de Pedagogia Indígena, Dursa Venynhprag Fernandes. “Aqui, os professores e doutores falam sobre como é ser um professor indígena e a gente fica muito feliz de estar participando”, acrescenta.
“Esses eventos são importantes, ainda mais para nós que viemos de comunidade tradicional, que tivemos e ainda temos essa luta para se manter dentro da universidade. Então, a gente poder estar aqui hoje fazendo um evento organizado por esses povos, falar da nossa terra, falar do nosso cuidado, é muito importante. É uma forma de manter essa tradição, de falar que a terra é importante, que a língua é importante, que a oralidade é importante”, compartilha a aluna do 4º ano de Pedagogia do Campo, Vanessa Nayan Marques.
A Unicentro oferta os cursos de Pedagogia do Campo e Pedagogia Indígena em diferentes comunidades. “Embora eles não estudem no Câmpus Santa Cruz, mas na aldeia ou em unidades avançadas, essa universidade é de todos. Eu acho que é por aí que se dá uma universidade democrática, pública, gratuita e realmente para todos, que todos tenham acesso. Essa é a maior importância de promover esses eventos, eles poderem entrar aqui e saber que essa universidade é nossa, ou seja, é deles também”, finaliza a professora Mariulce.
Por Viviane Moreira, com supervisão de Maíra Machado
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