Equipe do Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres participa de documentário sobre a Mata Atlântica
A equipe do Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras) participou da gravação de um documentário sobre a Mata Atlântica. O “Olhar a Mata” tratará da relação humana com o bioma, a importância da conscientização e será disponibilizado para escolas e comunidade em geral.
O coordenador do Cetras, professor Rodrigo Martins de Souza, conta sobre a participação da equipe nas gravações. “A nossa missão nas gravações era contar sobre a relação das pessoas com os animais nativos da Mata Atlântica. Como nós vivemos nesse bioma, o dia a dia do Cetras é de convívio com esses animais, através dos resgates, tratamentos, reabilitações e diagnósticos desses animais para que eles possam voltar à natureza”, relata o professor.
Durante as gravações, realizadas entre fevereiro e junho, foram percorridas áreas como florestas, beiras de rio, aldeias indígenas e comunidades quilombolas, com o objetivo de pesquisar e retratar a relação humana com a fauna do bioma. O documentário é um convite ao aprendizado, com diversos depoimentos e visões de pessoas que nutrem uma relação de conexão com a Terra e dedicam estudos, trabalho e produção artística para valorizar essa relação. “[A experiência] foi muito tranquila, como se fosse uma conversa. Em um documentário, o entrevistado tem total autonomia para fazer seus relatos e abordar os assuntos de acordo com suas experiências e rotinas”, conta Rodrigo.
Para o coordenador do Cetras, tratar desse assunto é de extrema importância, para conscientizar as pessoas e preservar a Mata Atlântica. “Ela é a nossa casa, nós vivemos nesse bioma, e temos essa relação com os animais que habitam ela a mais tempo. É preciso diálogo para diminuir o impacto na fauna e diminuir ataques aos animais, atropelamentos, tráfico, posse ilegal, para haver proteção em todas as esferas. Evitar o dano ou então remediá-lo quando ele existir”, afirma Rodrigo.
O Olhar a Mata está em fase de edição e tem previsão de lançamento para o mês de novembro deste ano. “A perspectiva para o lançamento do documentário é muito boa, pois esse material será disponibilizado para escolas e a comunidade em geral, e assim podemos ampliar o debate sobre o bioma”, disse Rodrigo Martins de Souza.
Por José Guilherme de Lima Branco, com supervisão de Giovani Ciquelero
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