Projeto ‘Vamos nos movimentar’ promove aulas de dança e ginástica para mulheres em Irati
Um espaço acolhedor para mulheres realizarem exercícios físicos. Esse é o principal objetivo das aulas de dança e ginástica vinculadas ao projeto “Vamos nos movimentar” que, no mês de novembro, completou cinco anos de atividades em Irati. Desde 2017, os encontros promovem, toda terça e quinta-feira, “um espaço para as mulheres fazerem exercício físico, ao mesmo tempo em que se sintam confortáveis com seus corpos”, destaca a professora Débora Gomes, que é coordenadora do projeto. Para celebrar o aniversário, acadêmicos de Educação Física e professoras se reuniram, na última semana.
Ao longo dos anos, o projeto alcançou mais de 300 mulheres de todas as idades. Algumas delas, como a Maria Ferreira Gasparelo e a Emília Jarski, participam desde o primeiro encontro. “Eu realmente gosto muito, é divertido, é animado. São duas vezes na semana que eu tiro para mim. Então, quando está chegando terça, quinta-feira, eu me preparo durante o dia porque sei que tem a nossa ginástica”, revela Maria. Já Emília viu nos encontros uma oportunidade de socializar enquanto cuida da saúde. “Me faz muito bem, para o corpo, para a mente, e também a participação com as colegas”, afirma.
Outra aluna assídua é a Anizia Costa, que é professora aposentada da Unicentro. “Eu venho sempre que dá, só falto quando tenho algum compromisso com meus netinhos”. Quando iniciou as aulas, as dores no joelho eram um problema recorrente para a dona Anizia. As atividades do grupo, aliadas ao tratamento médico, lhe deram uma melhora significativa. “Claro que o tratamento influencia, mas eu não estava conseguindo subir a escada e, a partir da participação nas aulas, eu percebi que houve um avanço e eu já subo, não tenho dor na perna, não tenho dor no corpo”, conta aliviada. Segundo a professora Débora, a ideia das aulas é justamente oferecer, por meio da dança, atividades que respeitem as limitações físicas de cada. “É uma aula coletiva, mas que a gente respeita as individualidades”, enfatiza.
Além da qualidade de vida para as mulheres que participam, o ‘Vamos nos movimentar’ permite que os estudantes envolvidos tenham contato com a comunidade e desenvolvam habilidades importantes para a formação em Educação Física. “Ter o contato com elas, tem que saber a maneira de ensinar, maneira de falar, tem toda a questão da adaptação, mas ajuda muito na formação acadêmica”, conta a Hellen Brizoto, que é bolsista do projeto.
Em clima de comemoração, a longevidade do projeto é um desejo compartilhado pelas integrantes. “Cinco anos é muito tempo, eu fico muito feliz, desde o primeiro dia de ginástica eu estou e pretendo continuar”, comenta Maria. “Muitas vezes, tem gente que gostaria de fazer um exercício e não tem condições de pagar e nós temos aqui gratuito, então, temos mais é que participar”, complementa Emília.