Uso de cães de pastoreio e de guarda é tema de palestra promovida pelo Departamento de Veterinária
“Nos países mais desenvolvidos do mundo, que trabalham com a ovinocultura e pecuária de corte, o uso do cão de pastoreio é uma ferramenta indispensável. Se você pegar os polos de ovinocultura – Austrália, Nova Zelândia -, todos eles utilizam muito como ferramenta de trabalho, tanto cães condutores, quanto cães de guarda de rebanho”. A explicação é do presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos Suffolk, o zootecnista Rafael Jorge, que esteve na Unicentro, a convite do Grupo de Apoio, Ensino e Extensão em Caprinocultura e Ovinocultura, ligado ao Departamento de Medicina Veterinária. Segundo o palestrante, os cães “vem para fazer o trabalho ser mais ágil, ser realizado com mais rapidez e eficiência”, trazendo, consequentemente, “mais tranquilidade para o rebanho”.
A temática foi pautada pelo Grupo de Apoio, Ensino e Extensão em Caprinocultura e Ovinocultura como forma de ampliar a formação dos estudantes de Medicina Veterinária da Unicentro. Segundo o coordenador do grupo, o professor Luiz Gonzaga de Macedo, o tema é especialmente importante de ser abordado na região, que é uma importante produtora de ovelhas e carneiros. “O uso de cães de pastoreio e também dos cães de guarda tem sido uma ferramenta importantíssima para auxiliar e para complementar o trabalho do funcionário, do ovinocultor ou do funcionário que cuida do rebanho”completa o docente.
Esta visão é compartilhada pelo convidado. De acordo com Rafael, “nada mais justo que a gente abordar esse tema dentro das universidades, porque é dali que saem os profissionais que vão passar essa ideia para o produtor, que, muitas vezes, acaba sendo resistente à novas tecnologias. Apesar do uso do cão ser muito antigo, a gente foi perdendo isso ao longo do tempo. Então, é uma ferramenta útil e eficaz”, afirma.
Brenda Scherer de Oliveira é aluna do terceiro ano de Medicina Veterinária e integra o grupo de pesquisa liderado pelo professor Gonzaga. Por isso, não apenas participou da palestra como esteve envolvida em toda a organização. Para ele, esse foi um momento de aprendizado. “Tanto para a gente, estudante, para gente conhecer essa parte e depois auxiliar os produtores com essa assistência técnica, quanto para os produtores também, para que eles se informem – até para ver se eles estão trabalhando com os cachorros da propriedade de forma adequada, se eles estão conseguindo adequar os ovinos e os cães juntos. Estamos tentando trazer o máximo de informações, pessoas experientes na área para auxiliar nessa parte”, finaliza.