Unicentro recebe exposição “Rostos de Auschwitz e Escravidão no Brasil”
A Unicentro recebe, neste mês de julho, a exposição itinerante “Rostos de Auschwitz e Escravidão no Brasil”, como parte do projeto “Educação, Memória e História: o Museu do Holocausto como uma luz sobre o caos”. A mostra reúne fotografias que retratam dois momentos importantes para a história – o holocausto e a escravidão. “O objetivo é atingir as escolas e conscientizar alunos e professores sobre a questão do Holocausto, mas não só a questão dos judeus, mas a questão das minorias, daqueles que foram atingidos pelo Nazismo e não só por ele, como é o caso da escravidão, que foi no Brasil, e foi um acontecimento traumático para toda a sociedade”, conta a coordenadora do projeto, professora Maria Cleci Venturini.
As imagens são da artista mineira Marina Amaral, conhecida mundialmente por trabalhar a colorização de fotografias em preto e branco. O material está exposto na universidade por meio de uma parceria como Museu do Holocausto, de Curitiba. “Trazer essa exposição para Guarapuava é uma oportunidade para os jovens alunos terem essa oportunidade de conhecer um pouco dessas duas histórias e debater e refletir os pontos de contato entre elas”, avalia o coordenador do Museu do Holocausto, Carlos Reiss.
A exposição tem recebido estudantes da rede estadual de ensino da região. Por meio das fotos, os visitantes, como o aluno Miguel Debrassi, têm a oportunidade de conhecer outros aspectos do conteúdo que veem nas salas de aula. “Eu acho que essa introdução mais visual ajuda bastante no aprendizado, na captação de informação. Eu acho que são bem importantes essas visitas e esses conhecimentos a mais”. A Ana Júlia Silva concorda com ele. “Eu achei bem interessante, gostei de ter vindo aqui ver a exposição. A gente consegue ter uma facilidade para entender a matéria e é bom na hora de estudar”.
As duas temáticas retratadas em imagens, reforça o professor Salvador Alves, que acompanhou a visita dos estudantes, servem também como um ponto de partida para refletir, a partir da ótica da opressão, acerca de períodos traumáticos da história. “Essa exposição está sendo muito importante no sentido de propiciar aos nossos alunos que, perto de casa, possam vir visitar e conhecer de perto essa exposição e, ao mesmo tempo, fazer uma reflexão do que foi o holocausto e do que foi a escravidão”. “É toda essa questão da opressão não só contra negros, não só contra judeus, mas contra todos aqueles que são diferentes e que são desassistidos pela sociedade”, complementa a coordenadora do projeto, professora Maria Cleci.
A mostra está instalada no Hall de Exposições da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura e fica aberta para visitação até o dia 29 de julho.