Após dois anos, Pré-Vestibular da Unicentro volta com as aulas presenciais
Contribuir para a inserção universitária de jovens em situação de vulnerabilidade social que residem em Guarapuava e região. Há 13 anos este é o objetivo principal do Curso Pré-Vestibular da Unicentro – um projeto organizado pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec). Participam da ação extensionista, especificamente, jovens que já concluíram ou estejam concluindo o ensino médio em escolas públicas. Neste ano, o primeiro com aulas presenciais após a pandemia, o cursinho teve 71 inscritos para o processo seletivo e 54 matriculados. Turma que já iniciou sua jornada de preparação para o vestibular da Unicentro e para o Enem – provas que serão realizadas no mês de novembro.
“As ações do projeto são desenvolvidas por uma equipe de docentes, egressos, voluntários, bolsistas e conta também com uma parceria com os professores de estágio supervisionado das licenciaturas, que incentivam os acadêmicos a participarem do projeto com as docências. Para isso, são propostas atividades pedagógicas e culturais, aulas, oficinas, seminários, debates envolvendo estudantes de diferentes níveis de ensino – médio, graduação e pós-graduação. São oferecidas diversas atividades pedagógicas que buscam preparar os estudantes para realizarem o vestibular e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), de maneira que ocorra a troca de conhecimento entre os envolvidos”, relata a coordenadora do projeto, a professora Vânia Gryczak.
Para Vânia, o cursinho é um forma de popularização do acesso ao ensino superior público da Unicentro e cumpre uma função social ao possibilitar a aproximação entre docentes, discentes e agentes participantes do projeto e a comunidade externa através da prática ensino-docência. “O objetivo principal é integrar jovens em situação de vulnerabilidade social oriundos de escolas públicas de Guarapuava e região com estudantes de graduação e pós-graduação, com professores egressos e titulares da Unicentro de modo a possibilitar contribuições para a formação acadêmica, científica e cultural dos envolvidos na perspectiva do reconhecimento da identidade individual e coletiva, da expressividade, dos valores da cidadania e da inclusão social vislumbrando a perspectiva de ingresso no ensino superior com a construção de conhecimento científico-cultural para a profissionalização e transformação da sociedade em que estão inseridos”, diz.
Estudante do Colégio Francisco Carneiro Martins, João Vitor de Lima Santana ficou sabendo da existência do projeto dentro da sala de aula, devido ao trabalho de divulgação realizado pela Proec e que logo despertou seu interesse. “Estou gostando da primeira semana, é uma aula a mais para ajudar no nosso conhecimento e estudo. A importância (do cursinho) é bastante, porque através dele eu vou estar me preparando para o vestibular ou para o Enem”, afirma João, que pensa em cursar Ciência da Computação ou Administração.
Amanda Kurta Gonçalves, do Colégio Visconde de Guarapuava, escolheu o curso justamente porque prepara para o vestibular da própria Unicentro. “Eu pretendo fazer um curso da área da saúde aqui na Unicentro. A Unicentro sempre foi minha primeira opção. Eu acho o cursinho importante para quem não tem uma condição socioeconômica e quer tentar uma vaga na universidade. Meu professor fala que quando você tem uma oportunidade, você tem que aproveitar, então eu estou aproveitando”.
Além das avaliações positivas dos estudantes, a coordenadora do cursinho destaca uma reação em cadeia de benefícios à quem participa. “Primeiro, os docentes enfatizam que o projeto é uma oportunidade de iniciar ou aprimorar a prática pedagógica. Segundo, bolsistas conseguem apoio financeiro, além de tornar a teoria em prática – os bolsistas sempre nos relatam a importância da relação teoria e prática. Terceiro, alunos participantes, em todas as pesquisas que já realizamos, afirmam que o curso pré-vestibular possibilitou a complementação na formação que eles recebem nos colégios. Além disso, a gratidão desses alunos ao serem aprovados e que sempre retornam ao projeto para incentivar os novos alunos. Para a coordenação, o feedback é uma transformação em todos os agentes envolvidos. É importante ressaltar, ainda, o alto índice de aprovação dos nossos alunos, isso nos mostra a importância desse projeto para toda a comunidade”, complementa Vânia.