Ambulatório de Feridas Crônicas passará por reformas e ganhará novos equipamentos
O ambulatório de Feridas Crônicas, localizado no campus Cedeteg da Unicentro, é referência no Paraná no tratamento e na assistência especializada de portadores de feridas crônicas de diversos tipos. Trabalho que é realizado num espaço pequeno com carências de infra-estrutura. Por isso, com o objetivo de melhorar o espaço físico do Ambulatório é que a Unicentro firmou um Termo de Cooperação Técnico-Financeira com a Seti, que é Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, que irá financiar melhorias através de recursos da UGF, que é a Unidade Gestora do Fundo Paraná.
“A verba obtida com o apoio da reitoria da universidade, uma verba muito esperada, muito necessária ao projeto, será alocada para a adequação da estrutura física, principalmente. Então, para fazer o atendimento em saúde existem normas que devem ser seguidas para que não se acumule sujeira. Então, não pode ter ferrugem, os materiais devem ser de fácil limpeza e promover essa limpeza, a manutenção dessa limpeza. Trocaremos as janelas, as portas, as macas, as cadeiras – para acomodar melhor as pessoas, acomodar com segurança e com conforto – e vamos reestruturar uma grande parte desse projeto”, explica a coordenadora do projeto, professora Carine Teles Sangaleti, do Departamento de Enfermagem, sobre algumas das obras que serão realizadas.
O projeto de extensão presta, em média, 10 atendimentos por dia, atendendo pacientes de toda a 5° Regional de Saúde. “Feridas crônicas de diversos tipos, lesões por pressão como acontece com os cadeirantes, nos acamados, feridas arteriais, feridas venosas, feridas neuropáticas de diabetes e hanseníase. É um projeto premiado, já ganhou menção honrosa da Secretaria de Saúde do Estado pelos serviços prestados a essa população que carece de um atendimento integral e de qualidade”, detalha Carine.
O diretor do campus Cedeteg, professor Ricardo Miyahara, destacou a importância da liberação da verba também para o incentivo de pesquisas na área. “A importância da liberação dessa verba na melhoria do atendimento é que, além da reforma no espaço físico, que vai adequar e facilitar a limpeza do local, contará também com a compra de equipamentos, por exemplo, equipamentos para a esterilização, microscópios que podem ser usados também em pesquisas na área de feridas. Então, isso facilitará não só uma melhora no atendimento, um aumento no atendimento, mas também que pesquisas sejam realizadas nesta área”, defende Ricardo.
Pesquisas essas que já estão em processo de desenvolvimento, como destaca a professora Carine Teles Sangaleti. “Vamos instituir aqui uma experiência pioneira, inovadora de investigação do processo de cicatrização no dia-a-dia. Para isso, contaremos com uma bolsista, que auxiliada por mim e em parceria com o professor Marcos Auler, da Farmácia, faremos investigação da microbiota, investigação dos microrganismos que estão no leito da ferida. Faremos isso antes de começarmos o tratamento no nosso ambulatório, e durante o tratamento também”.
Para o professor Ricardo, a liberação da verba é também um avanço para o campus Cedeteg, que vem sendo referência em atendimentos na área da saúde. “Nós fazemos a parte da universidade que é a extensão, chegando exatamente para quem mais precisa. Por exemplo, os portadores de feridas crônicas, muitas vezes, não podem ter acesso à tratamentos com materiais muito caros. Então, o que representa para o campus é que nossos atendimentos serão feitos com maior qualidade e maior quantidade também, atendendo a população, principalmente a população mais carente”, finaliza o diretor da unidade universitária.