Campus Cedeteg produz e entrega máscara de tecidos para colaboradores
“Os animais continuam ficando doentes e a gente não pode, também, abandoná-los dentro dessa pandemia que estamos sendo acometidos”. A declaração é do professor Adriano Carrasco, diretor da Clínica Escola de Veterinária da Unicentro, um dos serviços da universidade que não foram interrompidos mesmo com a suspensão das atividades presenciais na instituição. “A gente está trabalhando por agendamento por telefone. Fazendo o possível para poder trabalhar e atender a comunidade da melhor forma possível, porque o nosso serviço não tem como parar”, reforça Adriano.
E para continuar atendendo os animais de forma segura, tanto para os profissionais da Clínica quanto para os donos dos bichinhos, as direções da unidade escola e do campus Cedeteg, onde funciona a Clínica, estavam encontrando um problema: a falta de fornecedores de máscaras descartáveis. “A gente tem algumas máscaras, sim, que a gente utiliza dentro do centro cirúrgico da Clínica Escola, só que são máscaras descartáveis de uso único e, se a gente fosse usar na frequência que a gente necessitaria, a gente não teria, no momento que precisasse fazer uma cirurgia, não teria mais máscara. Então, a gente estava com esse problema e essa questão do fornecimento dessas máscaras, a gente não tem conseguido comprar por causa de tudo isso que vem acontecendo no Brasil e no mundo”.
A falta de máscaras era um problema enfrentando pela Clínica Escola de Veterinária e também por outras unidades que funcionam no Cedeteg. Afinal, a direção do campus está seguindo as exigências da prefeitura, bem como as recomendações da Comissão de Enfrentamento e Monitoramento ao Coronavírus na Unicentro. E uma delas é o uso de máscaras em toda e qualquer atividade fora do ambiente residencial. “Esses materiais devem ser utilizadas pelos agentes universitários, professores e funcionários das empresas terceirizadas, que continuam trabalhando no campus Cedeteg devido às nossas atividades essenciais”, conta a secretária do campus Cedeteg, Sulelen Egiert.
Dessa forma, a administração da universidade comprou materiais de limpeza – como água sanitária, toucas e luvas descartáveis, mas não conseguiu adquirir as máscaras. A solução encontrada, então, foi a confecção de máscaras de tecido, que podem ser higienizadas a cada uso e, assim, são reutilizáveis. “Optamos pelas máscaras em tecido para uso individual, porque não conseguimos realizar a aquisição com recursos da instituição com os fornecedores de Guarapuava e região, porque eles não têm em estoque esse tipo de máscara na quantidade que a universidade precisa. Diante disso, resolvemos realizar um força tarefa lá no campus Cedeteg para confeccionarmos as máscaras em tecido, conforme as normas técnicas do Ministério da Saúde, e também consultamos a Comissão de Enfrentamento ao Coronavírus na Unicentro para pedir orientações de como confeccionar essas máscaras”, detalha Suellen. Essa força tarefa é formada pela própria Suellen, pela agente universitária Verônica Dziurza e pela assessora Gabriela Fontana.
Na semana passada foram cortadas e costuradas 256 máscaras e, nessa semana, mais 300 estão sendo finalizadas. Cada professor, agente universitário ou estudante que está trabalhando durante a pandemia do coronavírus no campus Cedeteg está recebendo um kit contendo luvas e toucas descartáveis e duas dessas máscaras reutilizáveis de tecido. “Os kits de máscaras em tecido estão sendo distribuídos para professores, agentes universitários, empregados das empresas terceirizadas, que prestam serviços no Campus Cedeteg, e estudantes que estão atuando nesses serviços essenciais e indispensáveis, que são serviços na área de limpeza e serviços gerais; vigilância; manutenção hidráulica e elétrica emergencial; cuidados e alimentação dos animais nas Unidades Didáticas de Bovinocultura de Corte e na Leiteria; cuidados com as hortas e as nossas colheitas no Campo Experimental de Agronomia; Clínica Escola de Veterinária; serviço Atendimento a Animais Silvestres; Clínica Escola de Fisioterapia, que ainda mantém alguns atendimentos em teleatendimento e atendimentos domiciliares; aAgência de Inovação Tecnológica, que não pararam, estão trabalhando na produção do álcool; e a Fazenda Escola”, detalha.
Os kits também são acompanhados de uma carta de orientação assinada pela Direção do campus e de um folheto informativo sobre como usar e higienizar as máscaras. “A Clínica Escola de Veterinária recebeu as máscaras – tanto as de pano, quanto as máscaras de acetato – tendo em vista que conforme as recomendações federais, estaduais e municipais, serviços veterinários não foram suspensos em nenhum momento, a gente continua atendendo urgências e emergências e fazendo triagem, via telefone, na Clínica Escola. Então, para segurança de toda a equipe, que está tendo contato com a população, é de suma importância esses equipamentos de proteção”, finaliza o professor Adriano.