Crianças da Escola Municipal Hypólita participam de sessão especial do Cine Unicentro
A educomunicação utilizada para a combater a violência contra a mulher. Essa é a premissa do “Florescer: a comunicação na efetivação de políticas públicas para mulheres”, projeto de extensão da Unicentro desenvolvido com recursos da Superintendência da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), por meio do programa Universidade Sem Fronteiras. Ao encerrar as atividades em mais um dos colégios participantes da ação extensionista, a universidade recebeu os estudantes do terceiro ano do ensino fundamental da Escola Municipal Hypólita Nunes de Oliveira para uma sessão de cinema.
Na tela, os produtos audiovisuais produzidos pelas próprias crianças nas quatro semanas de oficinas. “É o momento em que eles se veem a produção deles e percebem, efetivamente, que eles podem, que eles são agentes de transformação”, destaca a coordenadora do projeto, professora Ariane Pereira.
Dentro das escolas, o projeto trabalha com oficinas que tratam de temas como o Estatuto da Criança e o Adolescente (ECA), direitos humanos, equidade e igualdade, violência contra a mulher e a Lei Maria da Penha. Emponderados pela informação, de acordo com Ariane, os estudantes definem que temática querem abordar e como. “Nessa escola nós tivemos muitos casos, muitas crianças que nos relataram casos de violência que elas presenciam. E, para a gente, isso é um feedback extremamente importante, porque é disso que a gente está falando, desse combate a violência, senão no curto prazo, no médio e no longo prazo”.
A secretária municipal de Políticas Públicas para Mulheres de Guarapuava, Priscila Schran de Lima, também esteve presente na sessão de exibição dos produtos. Para ela, o projeto transforma a vida das crianças que participam do Florescer e, com isso, os resultados serão percebidos no futuro. “A gente consegue construir uma cidade com mais perspectiva, com mais sonhos, com mais potencial e, com certeza, uma cidade que vai, no longo prazo, ter menos violência. Conflitos todo mundo tem, mas a gente vai saber resolver esses conflitos sem usar a violência para isso”.
A diretora da Escola Hypólita Nunes de Oliveira, Sharonn Hartmann, também assistiu as produções. Na avaliação dela, o projeto teve ótimos resultados, sobretudo pela abordagem delicada dada ao tema. “Para nós da escola foi maravilhoso, né? Sempre que a gente tem parcerias na escola, elas são bem-vindas. O projeto vem sempre a somar já com o trabalho que a gente faz na escola de conscientização. E um olhar de pessoas de fora, conversando com eles torna mais fácil a aceitação. ‘Não é só minha profe que está falando, tem mais gente falando sobre o assunto’. Envolveu professores, envolveu os pais. Então, para nós foi bem gratificante”.
A Maria Clara e Mariana são alunas do terceiro ano da Escola Hypolita. Das poltronas do Cine Unicentro, assistiram encantadas aos audiovisuais produzidos por elas e pelos colegas de turma. “Gostei de ver tudo, a gente na tela. Eu adorei brincar, conhecer as leis”, conta Maria Clara. Mariana concorda com a avaliação da amiga. “Eu gostei de assistir as coisas dos outros e a nossa também. E eu gostei que a professora foi lá na sala, falou de tudo e ela também ensinou a gente de tudo”.