Pesquisa em Telejornalismo é tema do Conversas Latinas em Comunicação 2019
O Grupo de Pesquisas Conversas Latinas em Comunicação (CLC) promove, anualmente, um encontro para discutir temas de interesse de seus professores e alunos pesquisadores. Nesse ano, a temática central foi a Pesquisa em Telejornalismo. Para a Professora do Departamento de Comunicação Social e vice-líder do grupo, Ariane Pereira, os debates possibilitam que os alunos percebem possíveis caminhos de pesquisa.
“Quando o aluno percebe que existem diferentes perspectivas, diferentes modos de olhar para o jornalismo feito para telas, ele consegue, também, pensar em outras possibilidades de pesquisa. Então, o benefício para o estudante, seja ele de graduação ou de pós-graduação, é perceber que a gente tem muito campo de estudo na comunicação, no jornalismo e, sobretudo, no telejornalismo. O telejornalismo é uma área fértil de estudo”, defende a professora.
Para discutir a pesquisa em telejornalismo de modo aprofundado, o CLC estabeleceu uma parceria com a Rede de Pesquisadores em Telejornalismo. A TeleJOR é um grupo constituído, formalmente, em 2006, que busca articular pesquisas e produções integradas em telejornalismo. Segundo a coordenadora da Rede TeleJOR, Iluska Coutinho, é a partir dessas pesquisas que podemos aprimorar e transformar os modos de se fazer telejornalismo. “A gente viu essa possibilidade de falar sobre telejornalismo, que para a gente continua muito importante, muito central, e a gente entende que se a gente não está satisfeito com o telejornalismo que temos hoje, a gente precisa repensar esse telejornalismo que vem sendo feito”.
Cárlida Emerim é professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), pesquisadora e membro da Rede TeleJOR. Participante do CLC 2019, ela reafirma a importância do telejornalismo, entendido como jornalismo produzido para as diferentes telas. “A contribuição que a pesquisa em telejornalismo tem possibilitado para o campo acadêmico não é só na formação profissional do jornalista, mas também da pesquisa em si, de pensar o jornalismo como uma forma de conhecimento, como uma forma de formação específica do ser humano. Eu acho que mostra que o telejornalismo é esse jornalismo para diferentes telas, e é a gente pode trabalhar essa linguagem de imagem, de áudio, de formação da pessoa, todo esse hibridismo que o telejornalismo tem de mostrar as informações do mundo”, avalia.
As discussões possibilitadas pelo CLC, segundo Rafael Dias, estudante do terceiro ano de Jornalismo da Unicentro, vão ajudar no direcionamento das pesquisas que desenvolverão como Trabalho de Conclusão de Curso. “É muito importante para nós, que estamos no terceiro, e também para os outros colegas que estão no quarto ano, as abordagens que as professoras-pesquisadoras fizeram, porque dão um norte para nós que vamos fazer o TCC ano que vem. É muito importante, porque elas falam com propriedade, todas têm uma vasta experiência em comunicação, sobretudo no telejornalismo”.