Fórum de erva-mate reúne representantes da cadeia produtiva no campus de Irati
O cultivo da erva mate é uma forte característica das regiões centro-sul e sul do estado do Paraná. Por isso e por estar sempre em busca de se aproximar da realidade social e econômica dos locais onde está inserida, a Unicentro sediou o 4º Fórum Institucional da Cadeia Produtiva da Erva-mate do Paraná. O evento reuniu pesquisadores, produtores, empresários e representantes do setor público. “Todas as entidades envolvidas com a agricultura familiar para que tenham um conhecimento das dificuldades, das limitações e de quais são os caminhos que podem e devem ser percorridos para avançar na questão da maior renda, maior produtividade ao produtor e a erva mate em si, nas regiões”, conta o gerente-regional da Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural, a Emater, e um dos coordenadores do evento, Amilcar Afonso Marques.
O diretor do campus de Irati, professor Afonso Figueiredo Filho, comenta que a participação da Unicentro em ações como essa reforça a força e a importância da universidade na comunidade, cumprindo seu papel como instituição pública. “Não tem sentido termos uma universidade se ela não participa dos movimentos e das demandas que a sociedade tem. Então, a Unicentro não poderia ficar de fora dessa tentativa de fortalecer esse importante segmento para o estado do Paraná”. Afirma.
As regiões sul e centro-sul do Paraná possuem mais de 20 mil produtores de erva-mate e a integração é a chave mais importante para o crescimento de todos, segundo o chefe regional da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, a Seab, Igor Felipe Zampier. “A gente acredita que todos têm o mesmo objetivo, mas ainda a gente trabalha dentro de uma falta de organização da cadeia produtiva. Cada um em separado, cada um em uma célula desenvolvendo trabalhos, às vezes, excelentes, que poderiam encurtar tempo e recurso para todos. A ideia do Fórum é que a gente exponha isso pra todos atores da cadeia produtiva”.
Palestrante do evento e coordenador estadual de produção vegetal da Emater, Amauri Ferreira Pinto, vai no mesmo caminho que Igor. Para ele, o Fórum é um importante instrumento de troca de relatos e experiências, o que contribui para todos os envolvidos na produção da erva. “Um local que nós possamos nos reunir a cada três, seis meses, para discutir, de fato, os caminhos da erva-mate; para discutir os problemas que a gente tem na cadeia produtiva, quais problemas que o produtor rural vem enfrentando, quais problemas a indústria vem enfrentando; que tipo de produto a sociedade, o consumidor final quer. A gente precisava ter esse local de discussão”, defende.
Produtores de toda região participaram do evento. O seo João Carlos Lopes, do município de Inácio Martins, tem uma produção orgânica de erva-mate e participou buscando novidades para implantar no seu sistema de produção. “Minha propriedade é certificada como orgânica, tenho certificação de erva-mate orgânica. Então, eu tenho muito interesse em participação desse fórum, reuniões e seminários de erva mate”.