Projeto de extensão da Unicentro dará suporte sanitário à equipes do Saúde na Família
Toda universidade tem suas atividades amparadas por um tripé: o ensino, a pesquisa e a extensão. As ações chamadas de extensionistas são aquelas em que os membros da comunidade universitária devolvem com a sociedade o conhecimento gerado no ensino e na pesquisa a partir da prestação de serviços de qualidade. Na Unicentro, anualmente, centenas de projetos dessa natureza são desenvolvidos, mas quando as propostas contam com financiamento externo as possibilidades de contribuição social são ampliadas.
É o que acontece, por exemplo, com os nove projetos selecionados para o Programa Universidade Sem Fronteiras (USF), vinculado à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). Nesse ano, um dos projetos da Unicentro aprovados é o coordenado pelo professor Adriano Carrasco, do Departamento de Medicina Veterinária, que tem como título “Atuação do médico veterinário nos Núcleos de Saúde da Família , no município de Guarapuava”.
O coordenador explica como será o trabalho realizado pelos bolsistas – estudantes de graduação e recém-formados. “Eles vão fazer atendimento diretamente na área de zoonoses, na parte de epidemiologia, na parte das doenças transmitidas não só por animais, mas também transmissão hídrica, veiculação de doenças alimentares, e fazer toda uma orientação à população, basicamente, de áreas carentes em Guarapuava”.
Por conta da relação cotidiana que o brasileiro tem com animais de estimação, em sua maioria cães e gatos, o médico veterinário, desde o ano de 2007, é um dos profissionais integrantes das equipes do programa Saúde da Família. Em Guarapuava, a ação extensionista permitirá a atuação desses profissionais em dois postos de saúde da cidade.
Os três bolsistas projeto – dois recém-formados e um graduando – vão atuar diretamente com membros do programa de Residência Multiprofissional da Unicentro. Isso possibilitará que a comunidade tenha acesso – além do atendimento de saúde, com enfermeiros, fisioterapeutas e educadores físicos – a um suporte sanitário. “A gente já conversou com os médicos veterinários da prefeitura. Nós vamos estabelecer um plano de trabalho para quais serão as atividades dos bolsistas. Passada a fase inicial, de adaptação, eles vão trabalhar não só nos postos, mas visitando as casas, as pessoas que têm alguma necessidade naquela região, dando todo o suporte dentro dessa situação”, explica.
O trabalho do médico veterinário em postos de saúde é novidade em Guarapuava e, além de oportunizar experiência para os recém-formados, retornará para a Universidade o conhecimento das necessidades atuais da sociedade. O que, segundo o coordenador do projeto, vai possibilitar um redimencionamento das disciplinas do curso de Medicina Veterinária. “A gente está fazendo um serviço que não existe em Guarapuava hoje. Então, a gente está disponibilizando, nesse primeiro momento, o profissional para o município, mas também vai servir muito de campo de trabalho. A gente vai ter muito retorno, muito feedback em cima disso, até para a gente conseguir direcionar a disciplina, direcionar alguns pontos da formação do acadêmico, com base nas necessidades da comunidade propriamente ditas”.