Ação extensionista vai levar inovação tecnológica às escolas com o uso da robótica

Ação extensionista vai levar inovação tecnológica às escolas com o uso da robótica

A divulgação dos projetos extensionistas selecionados pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) para o Programa Universidade Sem Fronteiras (USF) foi motivo de comemoração para a Unicentro. Isso porque, nove projetos da Universidade obtiveram aprovação. Um deles é coordenado pelo professor Ricardo Miyahara, vinculado ao Departamento de Física da Instituição.

O projeto tem como título “Ciência, Tecnologia e Inovação – da Universidade para a Educação Básica da região centro-sul do Paraná” e, de acordo com o docente, visa estimular o desenvolvimento da ciência nas escolas. “A gente vai trabalhar, por exemplo, com robótica, com a parte de inovação com os alunos da nossa Universidade e estender esse trabalho para os alunos do Ensino Fundamental e Médio”, explica.

Segundo o professor Ricardo, a divulgação científica já é realizada na Universidade e também nas escolas por meio de outros projetos, mas, a partir de agora, com a aprovação pelo Universidade Sem Fronteiras, será possível realizar atividades voltadas à prática científica. “Nesse projeto, a gente visou algo um pouquinho diferente, que é trabalhar com a parte de robótica, utilizando como base a plataforma Arduíno, que é o que comumente faz a automação dos trabalhos de ciência e tecnologia, principalmente voltado para a área de robótica. Então, esse é um projeto que vai iniciar agora, mas nós já temos experiência nesse tipo de trabalho”.

O projeto foi contemplado com 80 mil reais. Recursos que devem ser executados em um período de 12 meses. A equipe que desenvolve as atividades é composta por professores dos Departamentos de Física e História da Instituição, alunos do Mestrado em Ensino de Matemática e Ciências Naturais e, também, alunos da graduação em Física. “Entre 10 e 20% vão ser utilizados para comprar as bases de Arduíno, que são esses processadores que vão fazer automação. Então, basicamente, vai financiar bolsas e a gente vai comprar essas bases para trabalhar com os alunos”, detalha o professor. “Com a utilização desses Arduínos, após os alunos realizarem atividades com a gente, pretendemos doar para as escolas. Então, o que eles desenvolverem com a gente, vão levar para as escolas como se fosse uma propaganda do nosso projeto”.

A ideia é que a atividade estimule que os alunos da educação básica de Guarapuava e região a desenvolver trabalhos de inovação tecnológica que possam ser apresentados em eventos de promoção da cultura científica e, assim, incentive novos talentos em todas as áreas do conhecimento por meio de premiação para os melhores projetos. “Nosso foco é que eles percebam essa inovação como capacitação para que eles consigam, depois, desenvolver os projetos deles do tipo inovação tecnológica, inovação em ciência e em engenharia e, futuramente, participarem, por exemplo, da Ficiências, que é a Feira de Inovação em Ciência, Tecnologia e Ciências e Engenharias, que tem no Parque Tecnológico de Itaipu”, detalha.

Além disso, conforme relata o professor, ainda existe a possibilidade da realização de uma feira de Inovação e Ciências na própria Unicentro, como atividade de finalização do projeto. “Nós já montamos isso anteriormente, e tivemos a demanda do Núcleo Regional de Educação para oferecer essa feira novamente. Com esse projeto, acho que foca bem o que o Núcleo e as escolas precisam e o que nós pretendemos fazer. Então, ao final, a gente vai fazer essa Feira de Inovação em Ciência e Tecnologia”, vislumbra Ricardo.

Ter sido selecionado pelo Programa Universidade Sem Fronteiras, para o professor, é motivo de alegria, tendo em vista que será possível dar continuidade ao trabalho que já é desenvolvido na Unicentro e incentivar que os alunos do EnsinoBásico se interessem pela área de inovação científica. “Vai incentivar ainda mais os alunos do nosso curso sobre uma visão mais aprofundada da extensão que a Universidade pode fazer. Com isso, a Instituição ganha trazendo esses alunos do Ensino Básico e do Ensino Médio. Todas essas inserções que a gente faz nas escolas têm trazido alunos para a Universidade, principalmente para o curso de Física, que a gente tem trabalhado com mais intensidade. Então, é também uma propaganda do que Universidade faz”.

Além disso, o projeto também é uma forma de capacitar ainda mais os acadêmicos para o mercado de trabalho. “Para os nossos alunos do Ensino Superior, que são os nossos graduandos, vamos mostrar as possíveis atividades que podem realizar, principalmente com a parte de inovação tecnológica. Então, a gente vai tentar capacitar esses alunos de graduação para que eles consigam ver como podem atuar na formação dos alunos depois, como professores do Ensino Básico”, afirma o docente.

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