Comissão para Implantação do Curso de Medicina na Unicentro inicia trabalhos
Menos de uma semana após a assinatura do Decreto de autorização e da publicação, em Diário Oficial, da formalização da abertura do curso de Medicina na Unicentro, a Universidade já tomou uma série de providências com vistas a instalação do curso e ao início do seu funcionamento em 2019. A primeira delas foi a nomeação, pela Reitoria, de uma Comissão composta por docentes da Instituição que ficará responsável pelas discussões, planejamento e execução as ações administrativas e pedagógicas. Hoje um novo passo foi dado com a realização da primeira reunião pelo grupo.
“A ideia da comissão é revisar o projeto, visando a adequação de detalhes, como custos e investimentos para os primeiros anos. Estamos pensando, desde o projeto, para que tudo beneficie o Campus Cedeteg, onde vai funcionar o curso, mais especificamente a área da saúde, como um todo”, conta o professor David Figueiredo, que preside a Comissão de Instalação do Curso de Medicina.
Além do professor David, a Comissão tem, ainda, outros cinco integrantes: Luiz Antonio Penteado, do Departamento de Fisioterapia, e Marco Aurélio Romano, do Departamento de Farmácia; e representando, respectivamente, a Direção do Campus Cedeteg, a Pró-Reitoria de Ensino e a Pró-Reitoria de Planejamento, os docentes Adriana Knob, Márcio André Martins, e Luciene Leineker.
Para Luciene, apesar de ser um grande desafio, as expectativas quanto ao trabalho são positivas. “A gente está começando pelas melhorias que a gente precisa nos Laboratórios que a Universidade já tem, o que precisa ser revisto no projeto pedagógico do curso, já que ele é de 2014”.
No primeiro encontro, a comissão, em especial, abordou três tópicos: cronograma de ações; orçamento e estruturação das atividades, como explica o presidente da comissão, professor David Figueiredo. “São três focos de trabalho mais importantes. O mais imediato é revisar o projeto, alguns detalhes que a gente vai concluir isso até a próxima semana. O segundo, discutir o investimento e a gente tem que acabar isso até meados de junho, até para que a Universidade possa pleitear isso para o orçamento do ano que vem; e, depois, a gente tem um trabalho mais lento que é agregar os departamentos que vão ministrar disciplinas e criar, constituir, uma visão pedagógica que não seja da Medicina, mas dos departamentos envolvidos no curso”, observa.
As aulas para a primeira turma do curso de Medicina tem início já no ano que vem. A cada ano, a Unicentro ofertará 40 vagas e, para receber esses estudantes, será preciso adequar as salas de aula e os laboratórios do Campus Cedeteg. Por isso, umas das preocupações é melhorar as estruturas já existentes. “Enquanto a direção de Campus, nós estamos trabalhando, juntamente com a Comissão, afim de nos preocuparmos, inicialmente, com o que é necessário para este primeiro ano, em termos de estrutura. Nós temos alguns laboratórios que serão melhor estruturados, principalmente de áreas básicas. A gente está bastante animado e sabe da importância do curso para a nossa Universidade, para toda Guarapuava e para a região também”, ressalta a vice-diretora do Cedeteg e integrante da Comissão, professora Adriana Knob.
De acordo com o professor David, um dos diferenciais para os estudantes de Medicina da Unicentro será a utilização de uma metodologia que prevê, além das aulas práticas e teóricas, a chamada tutoria. O objetivo é ir além da formação técnica, possibilitando a fomação de uma visão por parte do futuro médico. “A tutoria, para mim, é um ganho por que a gente vai trabalhar o sistema de mentor, de coaching mesmo. Então, um professor vai acompanhar oito alunos semanalmente, como carga horária ao longo dos seis anos e, ao longo desses anos, esse professor-tutor vai discutir tópicos, temas estabelecidos pela comissão do curso, como cidade, lazer, sexualidade, religião, espiritualidade, drogas, o enfrentamento da morte, arte, cinema. E isso é um diferencial de formação humanística”.
A Comissão vai realizar reuniões semanais para organização das ações para a implantação e funcionamento do curso. Segundo o professor David, já é possível vislumbrar os resultados da oferta de Medicina pela Unicentro para a Universidade e para toda a população de Guarapuava. “Um sonho quase real. Esse curso vai ser um crescente, como foram todos os cursos na Universidade. Toda a linha do curso trabalha com medicina de família e da comunidade. Então, desde os primeiros semestres, esses alunos vão estar nos postos de saúde, nos hospitais da cidade. Isso traz um ganho porque vai criar ambulatórios específicos”.