Moradia Estudantil da Unicentro em Irati é inaugurada
Uma importante conquista para a Unicentro e para os acadêmicos do Campus Irati: a inauguração da Moradia Estudantil, no início desse mês de abril. A casa, que é uma das mais antigas e importantes reivindicações da comunidade acadêmica, foi anunciada em 2017, quando também foi aberto o edital para o preenchimento das vagas. Das oito ofertadas, seis foram ocupadas por estudantes de cursos de graduação – licenciaturas e bacharelados – ofertados pela Unicentro no Campus.
Para o professor Aldo Nelson Bona, reitor da Unicentro, a oferta da residência é uma forma de ajudar o estudante a permanecer na Universidade até a conclusão do curso. “Sempre foi um reconhecimento, por parte de toda a Universidade, a importância desta ação dada a demanda e o perfil de grande parte dos estudantes que nós recebemos. A Unicentro podendo apoiar com a questão da moradia, sem dúvida nenhuma, é um elemento que poderá levar a redução do fator evasão”.
Tão importante é o papel da Moradia que, para Larissa Silva de Oliveira, estudante de Engenharia Florestal, conseguir uma das vagas foi fundamental para sua permanência na Universidade. “Foi algo muito bom para mim. Minha mãe havia dito que, se não desse certo, eu teria de voltar para a minha cidade”. A estudante ainda destacou a aproximação que ela e as colegas conseguiram desenvolver na casa, já que estão dividindo a residência desde fevereiro. “As meninas são muito legais, e conseguimos criar um afeto rápido entre nós”.
Bem parecida é a história da estudante do segundo ano de Psicologia, Juliana Nunes. “É um gasto muito grande que nós temos morando fora de casa. Antes de vir pra cá, eu estava em um pensionato, só que já estava bem caro. Quando eu consegui entrar aqui, foi muito bom. Aqui, nós nos damos muito tem, e conseguimos arrumar tudo para que parecesse uma casa mesmo”.
As despesas com aluguel, água e luz são pagas pela Universidade, através da FAU (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Unicentro). Outros pequenos gastos do dia a dia são arcados pelas próprias estudantes, que contribuem mensalmente com uma taxa de 25 reais e possuem total autonomia para tomar decisões relacionados ao regimento interno da casa. A Moradia, para o coordenador do Setor de Assistência Estudantil do Campus de Irati, José Alexandre de Lucca, cumpre um importante papel social. “É uma proposta de luta e de enfrentamento as lógicas meritocráticas. Afinal, é uma forma de entender que as pessoas não partem dos mesmos lugares, e das mesmas condições. Dessa maneira, nós podemos ofertar situações de maioer equidade”, pontua.
Para que a casa fosse mobiliada, alguns móveis foram comprados pela própria Instituição; outros foram doados por professores e pela comunidade; e alguns foram trazidos pelas próprias estudantes. Nesse primeiro momento, a moradia é apenas feminina. Entretanto, de acordo com José Alexandre, a universidade está estudando como ofertar vagas também para os estudantes do sexo masculino. “Nós recebemos uma demanda do próprio movimento estudantil de que a casa fosse com vagas mistas. Nós estamos na eminência de, no próximo mês, abrirmos edital para fazermos as entrevistas, para duas ou três vagas, para os rapazes”.
Segundo a administração central da Unicentro, a oferta da Moradia estudantil não é a ideal, nem a que a gestão gostaria de implantar. Porém, é a possível para o momento. “É óbvio que nós reconhecemos que a oferta é bastante pequena. É algo bastante tímido para aquilo que se tem de necessidade. Nós lutamos por condições de maior oferta, mas enquanto isso, não ficamos esperando, agimos dentro das nossas condições de possibilidade. Para nós, esse é o embrião de um projeto que gostaríamos de ver crescer”, afirma.
Ideia que é pactuada por Afonso Figueiredo Filho, diretor do Campus Irati. “Ter a casa do estudante é um sonho de todos nós da Unicentro. É algo que os estudantes esperam. Essa casa é o primeiro passo para que possamos, um dia, ter condições muito melhores”.