Neurociência e tecnologia são temas centrais da Semana do Cérebro 2018, na Unicentro
Um tema abrangente. Falar sobre cérebro é abrir uma ampla gama de possibilidades. E é isso que anualmente, desde 2016, o Departamento de Farmácia da Unicentro tem buscado fazer com a realização de uma ciclo de palestras durante a Semana do Cérebro. Nesse ano, as discussões tiveram como tema central “Neurociência e Tecnologia”. “Hoje vai se falar do envolvimento do cérebro nas salas de aula. Daí, no segundo dia, será explicado o efeito na memória. Então, são diferentes facetas e todas envolvem o cérebro”, conta a professora Juliana Bonini, coordenadora do evento.
A novidade deste ano é a parceria com a Aepapa (Associação de Estudos, Pesquisa e Auxílio aos Portadores de Alzheimer). E a abrangência e importância do tema reuniram no ciclo de estudos pesquisadores, professores e estudantes de diversas áreas, como Pedagogia, História e Química.
A palestra de abertura foi ministrada por Erik Montagna, professor da Faculdade de Medicina do ABC. Ele conta, que o objetivo de sua exposição é fazer com que as pessoas – tanto professores, como alunos – se questionem sobre o processo de ensino-aprendizagem. “Mostrar quantas coisas a gente tem – banais ou simples ou cotidianas –, que mexem com o nosso cérebro e que estão dentro das salas de aula. É uma provocação, que busca suscitar uma avaliação de que, talvez, a gente não esteja usando bem esses recursos. É para a gente olhar e ver que temos bem mais recursos para acessar o aluno, para gente atingir o estudante do que utilizamos. E eles são necessários para que a gente consiga fazer alguma coisa diferente nessa sala de aula”, afirma. “Ainda que meu posicionamento seja incomodo, se alguém pensar ‘esse cara está maluco! Trouxeram um palestrante aqui para dizer que a culpa é toda minha’ meu objetivo foi cumprido e eu saio com a sensação de que deu certo”.
As informações apresentadas e as provocações de Montagna levaram o público a reflexão. A estudante de Farmácia Luana Bortoluzzi Trombim, por exemplo, concorda que não sabemos aproveitar todas as possibilidades oferecidas pelos nossos cérebros. “É uma realidade e os reflexos são, não só na vida acadêmica, mas no profissionalismo das pessoas. Ficamos no raso, no superficial, já desistimos na primeira”, avalia.