Unicentro conta, agora, com Grupo de Estudos sobre Tireoide
Com o objetivo de unir a prática clínica às pesquisas acadêmicas relacionadas à tireoide foi criado, na Unicentro, o Gepet (Grupo de Estudo e Pesquisa em Tireoide). A iniciativa partiu de três professores do Departamento de Farmácia que, ao longo deste ano, deve promover atividades mensais com foco na atualização de médicos e profissionais de áreas afins.
“A ideia foi criar esse grupo para trabalhar e agregar conhecimento básico e clínico, com alguns objetivos. Primeiro: publicar junto, produzir pesquisa de qualidade, orientar alunos de iniciação, de mestrado, doutorado. Segundo: trazer para a prática do dia a dia dos médicos, da cidade e da região, da residência médica da Unicentro também, a atualização desses temas mais comuns nas patologias da tireoide”, conta o professor David Figueiredo, um dos idealizadores do grupo.
A professora Renata Romano, que também faz parte da coordenação do grupo, é membro efetivo da Sociedade Brasileira de Fisiologia e da Sociedade Latino-Americana de Tireoide. Para ela, o Grupo de Estudos permitirá que os casos clínicos da região sejam estudados nas bancadas da Universidade com o propósito de levantar formas de prevenção das doenças relacionadas à tireoide. “Uma projeção divulgada recentemente pelo Observatório de Oncologia, aponta que, no estado do Paraná, as patologias endócrinas e metabólicas serão a segunda causa de morte em 30 anos É, praticamente, o mesmo nível da mortalidade esperada para o câncer. Então, a gente tem a preocupação de estudar visando a prevenção. Para isso, precisamos conhecer como são essas doenças na população de Guarapuava, porque a gente não tem nenhum estudo regional a respeito”, afirma.
De acordo com o professor Marco Aurélio Romano, também coordenador das atividades, acadêmicos e alunos da pós-graduação devem acompanhar os trabalhos do Grupo. Ele afirma que a iniciativa visa beneficiar não só a comunidade acadêmica, mas também, os médicos da região. “Buscamos, simultaneamente, conseguir mostrar para o aluno uma aplicação do que ele faz na bancada; demonstrar para o docente, para o pesquisador e para o clínico geral que existe uma maneira de fazer o diagnóstico; e discutir essas doenças mais profundamente”.
A cada mês, os encontros do grupo terão um tema específico, todos relacionados ao funcionamento da tireoide e contará com a participação de pesquisadores de outras universidades por videoconferência, como conta o professor David Figueiredo. “A gente vai trazer profissionais que têm gabarito, experiência, expertise na área para atualizar sobre temas como hipotireoidismo e gravidez, coisas do dia a dia do médico, que são interessantes. A ideia é que, todo mês, tenhamos uma aula teórica como uma revisão do ponto de vista médico e clínico, e, na sequência, que a discussão englobe uma abordagem de laboratório, de pesquisa”.
Entre os temas que devem ser discutidos estão os métodos laboratoriais na avaliação das doenças funcionais da tireoide; disfunção tireoidiana em idosos; e diagnóstico e tratamento de câncer medular da tireoide. Para a professora Renata Romano, as discussões são uma forma de atualização para os profissionais da saúde. “São todos assuntos importantes porque não são fixos, estáveis. A perspectiva e os conhecimentos que se têm hoje não são os mesmos que a gente tinha há 20 anos. Hoje, conhecemos mais sobre a tireoide e o corpo como um todo. Sabemos, atualmente, que mais órgãos são afetados por distúrbios na tireoide, o que precisa ser levado em consideração na hora do diagnóstico e na escolha do tratamento. Então, esses questionamentos que vão ser trazidos para essas discussões que estamos propondo”, diz.
A primeira atividade do Gepet será no próximo dia 27 de fevereiro, às 19h, no Mini-Auditório da Geografia, no Campus Cedeteg, com uma palestra sobre Hipotiroidismo e Gravidez, ministrada via skype por Maria Izabel Chiamolera. A participação é gratuita e aberta a toda a comunidade.