Unicentro conta, agora, com Grupo de Estudos sobre Tireoide

Unicentro conta, agora, com Grupo de Estudos sobre Tireoide

Com o objetivo de unir a prática clínica às pesquisas acadêmicas relacionadas à tireoide foi criado, na Unicentro, o Gepet (Grupo de Estudo e Pesquisa em Tireoide). A iniciativa partiu de três professores do Departamento de Farmácia que, ao longo deste ano, deve promover atividades mensais com foco na atualização de médicos e profissionais de áreas afins.

“A ideia foi criar esse grupo para trabalhar e agregar conhecimento básico e clínico, com alguns objetivos. Primeiro: publicar junto, produzir pesquisa de qualidade, orientar alunos de iniciação, de mestrado, doutorado. Segundo: trazer para a prática do dia a dia dos médicos, da cidade e da região, da residência médica da Unicentro também, a atualização desses temas mais comuns nas patologias da tireoide”, conta o professor David Figueiredo, um dos idealizadores do grupo.

Atividades são abertas a comunidade e primeira palestra è nessa terça (27)

A professora Renata Romano, que também faz parte da coordenação do grupo, é membro efetivo da Sociedade Brasileira de Fisiologia e da Sociedade Latino-Americana de Tireoide. Para ela, o Grupo de Estudos permitirá que os casos clínicos da região sejam estudados nas bancadas da Universidade com o propósito de levantar formas de prevenção das doenças relacionadas à tireoide. “Uma projeção divulgada recentemente pelo Observatório de Oncologia, aponta que, no estado do Paraná, as patologias endócrinas e metabólicas serão a segunda causa de morte em 30 anos É, praticamente, o mesmo nível da mortalidade esperada para o câncer. Então, a gente tem a preocupação de estudar visando a prevenção. Para isso, precisamos conhecer como são essas doenças na população de Guarapuava, porque a gente não tem nenhum estudo regional a respeito”, afirma.

De acordo com o professor Marco Aurélio Romano, também coordenador das atividades, acadêmicos e alunos da pós-graduação devem acompanhar os trabalhos do Grupo. Ele afirma que a iniciativa visa beneficiar não só a comunidade acadêmica, mas também, os médicos da região. “Buscamos, simultaneamente, conseguir mostrar para o aluno uma aplicação do que ele faz na bancada; demonstrar para o docente, para o pesquisador e para o clínico geral que existe uma maneira de fazer o diagnóstico; e discutir essas doenças mais profundamente”.

A cada mês, os encontros do grupo terão um tema específico, todos relacionados ao funcionamento da tireoide e contará com a participação de pesquisadores de outras universidades por videoconferência, como conta o professor David Figueiredo. “A gente vai trazer profissionais que têm gabarito, experiência, expertise na área para atualizar sobre temas como hipotireoidismo e gravidez, coisas do dia a dia do médico, que são interessantes. A ideia é que, todo mês, tenhamos uma aula teórica como uma revisão do ponto de vista médico e clínico, e, na sequência, que a discussão englobe uma abordagem de laboratório, de pesquisa”.

Discussões ajudarão na atualização dos médicos da região

Entre os temas que devem ser discutidos estão os métodos laboratoriais na avaliação das doenças funcionais da tireoide; disfunção tireoidiana em idosos; e diagnóstico e tratamento de câncer medular da tireoide. Para a professora Renata Romano, as discussões são uma forma de atualização para os profissionais da saúde. “São todos assuntos importantes porque não são fixos, estáveis. A perspectiva e os conhecimentos que se têm hoje não são os mesmos que a gente tinha há 20 anos. Hoje, conhecemos mais sobre a tireoide e o corpo como um todo. Sabemos, atualmente, que mais órgãos são afetados por distúrbios na tireoide, o que precisa ser levado em consideração na hora do diagnóstico e na escolha do tratamento. Então, esses questionamentos que vão ser trazidos para essas discussões que estamos propondo”, diz.

A primeira atividade do Gepet será no próximo dia 27 de fevereiro, às 19h, no Mini-Auditório da Geografia, no Campus Cedeteg, com uma palestra sobre Hipotiroidismo e Gravidez, ministrada via skype por Maria Izabel Chiamolera. A participação é gratuita e aberta a toda a comunidade.

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