Mostra apresenta produções dos estudantes de Arte, desenvolvidas ao longo de 2017
Lixar, parafusar e trabalhar a madeira. Essas foram algumas das atividades propostas pela Oficina de práticas de manutenção e reparos domésticos, integrante da programação da Mostra de Arte. Ação que foi planejada por conta do crescimento do conceito “faça você mesmo”. “Como que eu faço para desencapar um fio, para arrumar uma tomada em casa? Mas esse conhecimento, ele pode aplicar numa obra de arte por exemplo, utilizando o fio como material”, explicou o oficineiro Espencer Gandra sobre o porque da atividade.
Larissa Lorena de Oliveira se inscreveu na oficina proposta e ministrada por Espencer por dois motivos. Primeiro, por curiosidade, para ver o que seria abordado. Depois, pela necessidade de aprender a manusear equipamentos úteis e não convencionais. “Na oficina a gente não está vendo só coisas para o dia-a-dia, mas também como aplicar isso na nossa área de Arte. Então, trabalhos em visuais, esculturas e outros objetos artísticos. Amplia o nosso repertório para utilizar as ferramentas”.
A música, a dança e o teatro também estiveram presentes nas oficinas. Para o acadẽmico Thomas Moser Kubisty, uma oportunidade de agregar novos conhecimentos sobre diferentes formas de fazer arte. “O teatro é um trabalho essencial para que esse aluno saia do comodismo, esses exercícios de concentração, de conhecimento do corpo”, compartilhou.
E para fazer teatro na escola os professores não precisam de grandes estruturas. Por isso, as oficinas abordaram o que é essencial para a atividade. A professora Rita Felchak apresentou possibilidades de aprendizado para uma nova geração de alunos, que os graduandos de licenciatura em Arte vão encontrar nas escolas, depois de formados. “O professor de teatro ele saí na frente, ele tem mais vantagens, por que ele vai trabalhar com o lúdico, com o era uma vez, ele vai poder trabalhar com a literatura, com as artes visuais, com o cinema”, defendeu Rita.
E, nessa edição, a Mostra de Arte agregou, também, os trabalhos dos alunos do curso, desenvolvidos ao longo do ano. O Auditório Francisco Contini foi palco de música, teatro e dança. O propósito da Mostra de Arte, segundo a professora Érica Gomes, organizadora do evento, foi envolver os estudantes em todas as etapas de organização, desde a idealização das oficinas até a elaboração dos certificados. “É uma forma de repensar o ano em termos de aprendizagem e conhecimento, quais os pontos que devem melhorar o que que deu certo e o que que não deu. Para gente continuar essa auto-avaliação constante e buscar melhoras para o curso e pra formação em Arte”, contou.