Passagem da lâmpada encerra atividades da Semana de Integração de Enfermagem
Discutir os desafios e as perspectivas do cuidado, por enfermeiros, de doenças na prática clínica. Esse é o objetivo principal da 17 Semana de Integração de Enfermagem da Unicentro, que tem como tema “Os cuidados às condições crônicas”, em função dos inúmeros casos de doenças e de condições crônicas de saúde. “São situações que nos mostram que as pessoas necessitam de um olhar voltado para as doenças que não têm cura, mas que também necessitam de cuidado justamente para prevenir o adoecimento, proteger a saúde e recuperar a saúde e prevenir, inclusive, as complicações que possam vir em função da não adesão ao tratamento, do descuidado humano, por falta de conhecimento e organização do trabalho de enfermagem, que faz parte de uma equipe de saúde”, explica a coordenadora do, evento, professora Maria Isabel Raimondo Ferraz sobre a escolha da temática.
Neste ano, o evento reúne outras duas atividades: o 13 Seminário de Pesquisa e o 11 Seminário de Extensão do curso. São 170 inscritos, entre professores, acadêmicos e profissionais. A programação conta com minicursos, palestras, oficinas, e com a apresentação dos trabalhos de conclusão de curso dos acadêmicos do quinto ano. “Eu acho que é muito interessante. A gente adquire muito conhecimento assistindo aos trabalhos dos outros. Muitas coisas que a gente não viu da graduação e muitas coisas que a gente já passou, que a gente consegue contribuir também com um relato de experiência, juntamente às apresentações que a gente assiste. Eu acho que tem muitas coisas, minicursos, oficinas, que vem contribuindo muito. É uma semana bem interessante para a gente ver e rever o que a gente já viu e aprender coisas novas”, avalia a estudante Gabriela Rita de Barros, do terceiro ano, que gostou das atividades propostas.
Nesta edição, uma novidade da programação é a tenda Paulo Freire. Um espaço para a divulgação de terapias alternativas para pacientes com condições crônicas. De acordo com a professora Maria Isabel, esses cuidados são denominados de terapias não-farmacológicas e fazem parte, inclusive, das recomendações do Ministério da Saúde. “Existem várias alternativas que são associadas e que devem fazer parte do cuidado e da implementação dos objetivos dos profissionais de saúde no momento de elaborarem um plano de ação para o cuidado das pessoas que possuem as doenças crônicas. Essa tenda, entre as abordagens, ela tem um foco voltado para a sensibilização do cuidado às vítimas de violências, que necessitam além do cuidado técnico, do cuidado sensível, mas também trabalhamos com outras alternativas, como a massoterapia, a ioga, a musicoterapia”.
A finalização das atividades da Semana de Integração de Enfermagem foi com a cerimônia da Passagem da Lâmpada. Esse ritual, de acordo com a professora Alexandra Madureira, chefe do Departamento de Enfermagem, remete à história da profissão e é uma homenagem à enfermeira Florence Nightingale. “A lamparina é o símbolo da Enfermagem e tem a relação da Florence Nightingale, que é considerada a mãe da Enfermagem moderna porque na época em que ela estava na guerra – ela trabalhou na Guerra da Crimeia -, vendo os pacientes, ela carregava uma lamparina, para ver os homens que estavam ainda vivos e para fazer os cuidados. E, por isso, ela foi chamada de a dama da lâmpada. Então, quando eles enxergavam a dama da lâmpada chegando era sinal que eles ainda estavam vivos”.
Na cerimônia, uma lamparina é passada dos professores para os alunos do quinto ano e deles para os acadêmicos do quarto ano, simbolizando a transmissão do conhecimento de um profissional a outro e, assim, a continuidade da assistência de Enfermagem. “A nossa simbologia é passar todo o significado dessa profissão de um aluno para o outro. Do professor para o aluno, e de um aluno para os outros alunos”, explica Alexandra.
A formanda Jéssica Rodrigues dos Passos, que participou da cerimônia, contou o que esse momento significa para os futuros profissionais. “Para a gente, é uma coisa que representa e tem uma importância muito grande não só no sentido do evento, de uma despedida, mas também de um envio mesmo, como se esses professores realmente estivessem nos enviando. O professor passa essa luz do conhecimento através da lâmpada para o aluno do quinto ano que está saindo, que vai para o mercado de trabalho, para cuidar dos seus pacientes, para cuidar da sociedade; e o aluno do quinto ano passa essa mesma luz para o do quarto ano, para que ele tenha força de dar continuidade e, também, terminar a faculdade até chegar a vez dele de receber do professor para sair”.