Funcionário de universidade boliviana em mobilidade na Unicentro
A mobilidade internacional é uma oportunidade para que acadêmicos, professores e agentes universitários possam conhecer e vivenciar diferentes culturas por meio do intercâmbio em outros países. Na Unicentro, essa experiência é possibilitada por diversos programas de mobilidade internacional. Um deles é a Rede Zicosur Universitário, que fomenta viagens de membros da comunidade acadêmica a países como Argentina, Chile, Paraguai, Bolívia e Peru. Além disso, a Rede também permite que a Unicentro receba visitantes de instituições desses mesmos países.
A ação mais recente da Unicentro pelo Zicosur Universitário é a mobilidade do técnico agropecuário Jefferson Hidalgo Fernández, da Universidad Autônoma Tomás Frías (UATF), da Bolívia. De acordo com o coordenador institucional da Rede Zicosur na Unicentro, professor Marcio Fernandes, as conversas que possibilitaram a vinda de Jefferson Hidalgo tiveram início no final no ano passado. “Começamos uma convivência que tem sido muito produtiva e muito rápida em termos de relações institucionais. Por conta dessas articulações e dessa predisposição de conviver é que nós temos obtido bons resultados. A Unicentro e a UATF compartilham algumas semelhanças – como o fato de serem universidades públicas, de estarem distantes de grandes centros, o porte das universidades também é muito similar. Então, isso acaba nos aproximando porque nós temos muito o que aprender com eles em algumas áreas, e o contrário também”.
O agente Jefferson Hidalgo Fernández aproveitou a estadia na Unicentro, que teve início em oito de novembro e foi concluída ontem (13), para conhecer a rotina dos laboratório da área de Ciências Agrárias e, também, da Fazenda-Escola. “A gente vem para aprender e ver o que vocês fazem na faculdade de Agrárias. Tem a faculdade de Agronomia e Veterinária e a gente quer melhorar muito, e para melhorar a gente tem que visitar e conhecer outras faculdades que têm no mundo inteiro. Então, a gente está aqui aprendendo e vendo o que vocês fazem para poder melhorar lá”, contou.
Segundo o agente, ele aprendeu novas técnicas na área de Agronomia, que poderão ser aplicadas nos programas desenvolvidos em sua universidade de origem. “A gente vem trabalhando em produção, em apoio social aos produtores. Então, a gente tem que ir e adaptar. Eu visitei um projeto que vocês têm, visitei a Fazenda Escola e têm muitas coisas bonitas que a gente tem que copiar e adaptar lá”.
Durante a mobilidade na Unicentro, o agente universitário cumpriu agendas internas e, também, externas, conhecendo cooperativas, por exemplo. Nessas visitas, ele sempre esteve acompanhado por professores da nossa Universidade. Um deles é o professor Sebastião Brasil, responsável pelo Laboratório de Ciências Florestais e Forrageiras. Ele destaca a importância desse intercâmbio para fomentar a cooperação entre as universidades a partir das similaridades encontradas. “Mostra as peculiaridades que existem em cada região e que são muito comuns os nossos problemas também, e muito mais as nossas potencialidades. Nós temos muito mais coisas similares do que diferenças propriamente ditas e isso cria um ambiente de cooperação muito propício”.
O coordenador institucional da Rede Zicosur na Unicentro, professor Marcio Fernandes, afirma que novas oportunidades de intercâmbio para funcionários estão sendo negociadas e que já existe previsões de novas parcerias entre a Unicentro e a UATF. “A Rede Zicosur é uma das poucas redes, que eu conheço, que fomenta o intercâmbio de funcionários. A Zicosur tem, há dois anos, centrado forças também nisso e as experiências que nós conseguimos realizar, que são poucas ainda, são muito boas. O nosso próximo passo é um Mestrado em Engenharia Ambiental, que será ofertado pela UATF, com titulação por lá, mas com 70 a 80% do corpo docente formado por professores da Unicentro. Eu vejo que esse é o nosso próximo grande passo”, declara.
Para o agente universitário Jefferson Hidalgo, a experiência no Brasil foi bastante produtiva. Agora, a expectativa é também receber um agente da Unicentro na universidade boliviana. “A globalização exige, é necessário porque são coisas muito diferentes pelo clima que tem. Eu gostaria que profissionais daqui fossem lá ver o que a gente faz”.