Unicentro certifica primeiro grupo de agricultores na modalidade “Organismo de Controle Social”
Seo Paulo dos Santos Lima trabalhou durante anos no cultivo de fumo. Foi só quando a saúde deu sinais de que não ia bem, que ele decidiu mudar de vida. O agricultor passou a investir em hábitos mais saudáveis e a transformação foi estendida para o trabalho. Agora, ele só planta e vende produtos cultivados no sistema de produção orgânica. E tudo é feito pela família – desde o plantio das mudas, passando pela irrigação até a colheita das hortaliças. “eu peguei e decidi largar de plantar fumo para lidar com os orgânicos, cuidar mais da saúde e para fornecer alimento mais de qualidade para as escolas”, conta.
Para mudar o sistema de plantio e os próprios hábitos, seo Paulo precisou de muito esforço. Determinação que, agora, tem gostinho de vitória. Isso porque tudo o que é produzido por ele conta com selo de garantia e procedência. Cada alimento que sai daqui tem certificação de produção orgânica.
Para que a certificação orgânica possa ser emitida alguns cuidados ambientais são indispensáveis. Nesse cultivo, as plantas não recebem agrotóxicos e a adubação é feita por meio de compostagem. “Os agricultores não utilizam nenhum tipo de agrotóxico. Tudo que eles usam é anotado. Eles seguem uma apostila do que podem usar na propriedade, mesmo o que eles compram fora, como mudas e substratos, também é tudo anotado, especificando que não é com insumos que não podem ser utilizados. Eles cuidam também da parte da limpeza e cobertura da terra”, detalha a técnica em Agroecologia do Ater (Projeto de Assistência Técnica e Extensão Rural, Fabíola Lopes de Lima.
O Ater é parceiro da Unicentro na prestação de auxílio para o seo Paulo e a outras seis famílias de agricultores do município de Fernandes Pinheiro. O apoio foi pensado para que eles obtivessem a primeira certificação da região de produtos orgânicos na modalidade “Organismo de Controle Social”, que faz parte do Programa Paranaense de Certificação de Orgânicos.
“Essas sete família de agricultores funcionar como uma sociedade. Eles fazem o controle entre eles da produção e de tudo que estão fazendo na propriedade. Um fiscaliza o outro. Todos se ajudam e, trabalhando em grupo, eles garantem que estão fazendo um bom trabalho, a produção e a comercialização dos produtos deles”, explica Fabíola.
Para o seo Paulo, a certificação mostra o comprometimento de todos com a qualidade dos produtos que vão para o prato da comunidade.