720 pesquisas são apresentadas no Encontro Anual de Iniciação Científica
A formação universitária não se limita a teoria e a prática em sala de aula. A extensão e a pesquisa também proporcionam aos acadêmicos uma formação mais ampla, tornando os indivíduos mais críticos. A pesquisa na Unicentro é assunto levado a sério. Prova disso é que o Encontro Anual de Iniciação Científica. O Eaic reuniu 720 trabalhos este ano. A Diretora de Pesquisa da Unicentro, professora Katielle Córdova, ressalta a contribuição da pesquisa para os acadêmicos. “Para o aluno seria esse despertar para o mundo novo, o mundo da ciência, da tecnologia. Um mundo que hoje, cada vez mais é cobrado dos nossos alunos”.
O objetivo do Eaic é apresentar os resultados dos projetos de pesquisa desenvolvidos na Unicentro. E entre esses projetos está o da acadêmica Thaina Godina, que participou do evento pela primeira vez. Com o trabalho intitulado “Um amor anarquista: entre fato e ficção”, a estudante analisou o romance do escritor paranaense Miguel Sanches Neto. “Um dos principais resultados que a gente chegou foi a questão do narrador. O livro, ele tem um narrador em terceira pessoa para contar o enredo. E a inserção do narrador em primeira pessoa torna a discussão do eu lírico muito maior e a máscara do narrador cai completamente quando ele se coloca em primeira pessoa”, explica.
E se na rotina de um jovem pesquisador é imprescindível muita leitura e reflexão, há ainda outro elemento fundamental para o sucesso do trabalho: o envolvimento do orientador. O professor do Departamento de Letras, Ricardo Shibata, orientou a Thaina durante a Iniciação Científica e se diz orgulhoso em ver tantos acadêmicos da Unicentro desenvolvendo pesquisas. “Me anima muito saber que nós temos inúmeros alunos dentro da Universidade que se dispõe a fazer um trabalho de pesquisa e levar adiante o tipo de trabalho que é considerado muito difícil. É um desafio, mas que eles conseguem levar adiante muito satisfatoriamente”, avalia.
Durante todo o Eaic as apresentações de trabalhos foram acompanhadas por pesquisadores de outras instituições brasileiras que fazem parte do Comitê Externo de representantes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o CNPq. A professora Adriana Rampazo, da Universidade Estadual de Londrina, é membro desse comitê e explica que o principal objetivo é avaliar a qualidade dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos bolsistas da Iniciação Científica. “Nós estamos ali, basicamente, verificando a questão metodológica, se tem essa integração mesmo com a ciência. E, certamente, eventos como esse são um dos principais momentos da pesquisa na universidade”, pondera.
Outra acadêmica que também participou do Eaic foi a Gabriela Meneguelli. Cursando o terceiro ano de História, em breve, a estudante vai estar atuando em sala de aula. Mas, mesmo optando por uma Licenciatura, ela decidiu trilhar o caminho da Iniciação Científica. “Eu escolhi uma Licenciatura porque eu quero sim dar aula. Então, a minha carreira acadêmica é voltada para o ensino da História, mas o ensino da História precisa da pesquisa”, destaca.
Opinião compartilhada pela professora do Departamento de História da Unicentro, Rosemeri Moreira, que acompanhou a apresentação da Gabriela durante o evento. “O estudante que faz Iniciação Científica mergulha completamente na vida acadêmica. Pesquisa é prática e um bom professor, um bom pesquisador é um bom educador”, defende.