Feira promove as ações de internacionalização da Unicentro nos três campi da Universidade
Uma Universidade voltada para a comunidade da região onde está inserida e, ao mesmo tempo, de portas abertas para o mundo. Assim é a Unicentro. Universidade que, há 27 anos, desde a sua criação, prioriza o desenvolvimento social e econômico das regiões centro-sul e centro-oeste do Paraná, mas que, na última década, não se furtou da prerrogativa da promoção da internacionalização do ensino, da pesquisa e da extensão.
Ações e oportunidades apresentadas, nas últimas semanas, para as comunidades acadêmicas dos seus três campi – o Cedeteg, o Santa Cruz, ambos em Guarapuava, e o de Irati – na segunda edição da Feira de Internacionalização da Unicentro, promovida pelo ERI (Escritório de Relações Internacionais).
“A Feira de Internacionalização tem por objetivo promover o tema aqui, na Unicentro e, também, simultaneamente, divulgar as oportunidades que existem para que os alunos, professores e agentes técnicos-administrativos se envolvam nesse processo que está em desenvolvimento na Universidade, há vários anos”, explica o diretor do Escritório, professor Cláudio Mello.
A Unicentro mantém, atualmente, convênios com 47 universidades estrangeiras, localizadas em 18 países. Com isso, anualmente, consegue enviar e receber, em processo de mobilidade, professores, funcionários e estudantes de graduação, mestrado e doutorado.
Irati
As atividades da Feira de Internacionalização tiveram início pelo campus de Irati. “É um momento importante para toda a comunidade da Universidade – do estudante ao agente universitário – conhecer o que pode realizar dentro desse campo da internacionalização, caso se interesse”, explica o diretor de Relações Internacionais da Unicentro, professor Claudio Mello.
A estudante de Psicologia Thainá Arten, por exemplo, tem buscado aproveitar todas as oportunidades oferecidas pela Universidade. Ela já fez três intercâmbios. “Há uma série de dificuldades para fazer a mobilidade para outros países – como saudade da família, dificuldade financeira, mudanças na grade acadêmica -, mas, mesmo com todos esses desafios, acho muito importante ter essa experiência”, defendeu.
Um dos principais parceiros da Unicentro no processo de internacionalização é o Daad, o Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico. Na Unicentro, os beneficiados com essa parceria são os professores e estudantes de graduação e pós-graduação do curso de Engenharia Florestal. “O Daad é um antigo parceiro nosso e essa união vem sempre rendendo bons frutos pro desenvolvimento do nosso curso”, explicou o diretor do Campus de Irati e professor do Departamento de Engenharia Florestal, Afonso Figueiredo Filho.
Além da Unicentro propiciar a oportunidade de intercâmbio para os estudantes dos cursos de graduação, mestrado e doutorado, ela também recebe alunos de outros países. Esse é o caso da peruana Angie Campos, mestranda em Desenvolvimento Comunitário, que vê nas pesquisas um grande diferencial do ensino brasileiro. “No Peru, eu não via tanto volume de pesquisa como aqui e acho isso bem legal, pois incentiva o aluno, seja com bolsa ou não”.
A Feira, além de relatos de experiências e palestras, é uma oportunidade para que os alunos da Unicentro tirem suas dúvidas sobre internacionalização, como é o caso do calouro do curso de Geografia, Gilmar Souza. “Me interessei pela Feira porque tenho a ideia de, no futuro, fazer um intercambio e a Feira é a oportunidade para eu ficar mais informado sobre o assunto”.
Cedeteg
Um dos convidados da Feira, nesse ano, foi o reitor da Universidade Nacional de Canindeyú, no Paraguai, Mariano Adolfo Pacher. Ele participou das atividades do Campus Cedeteg e, em sua palestra, abordou os desafios da internacionalização. “Quando falamos de internacionalização, nós olhamos para cima, para os Estados Unidos, para a Europa e para o Japão, que estão no hemisfério norte. Mas tem outra internacionalização, que eu acho muito necessária, precisa e pertinente nas universidades que estamos, ou seja, na América Latina, que é a internacionalização que alguns chamam de sul-sul, outros chamam de olhar horizontal. Eu estou convencido de que nas nossas universidade do Brasil, Paraguai, Argentina e Chile existem pessoas capazes que podem tentar dar respostas para as muitas dificuldades que temos”, avaliou.
A coordenadora de Relações Internacionais da UENP (Universidade Estadual do Norte do Paraná), professora Eliane Segati Rios Registro, também participou como convidada da edição do campus Cedeteg da Feira de Internacionalização. “A educação internacional em diferentes seguimentos – na graduação, pós-graduação, principalmente, e qual a contribuição da internacionalização nessas duas esferas. Abordei, ainda, o que nos impulsionou a mudar um pouco nosso movimento de internacionalização”, contou após sua palestra.
Para o vice-reitor da Unicentro, professor Osmar Ambrósio de Souza, a internacionalização tem como fim a expansão das atividades da Instituição. E, para isso, as parcerias com outras universidades de diferentes países tem se mostrado o caminho mais eficaz. “O evento de internacionalização é importante para a Universidade, já que tem na sua meta expandir as ações da Unicentro em parceria com universidades internacionais da América Latina, da Europa e Estados Unidos. E este evento vem acontecendo nos três campi para valorizar a noção e a intenção do intercâmbio”, comentou.
Santa Cruz
A Feira de Internacionalização – que teve início em primeiro de junho no Campus de Irati e sequência no dia oito no Cedeteg – teve suas ações encerradas no Campus Santa Cruz, no último dia 12. Uma das atividades da Feira no Santa Cruz foi a palestra com o representante da Embaixada do Canadá em Brasília, Keith Banerjee. Durante sua fala, o canadense reforçou o caráter transformador das oportunidades de internacionalização.
“Eu estou aqui para incentivar os alunos da Unicentro a irem para o Canadá, especificamente. As experiências que os estudantes podem ter lá fora podem mudar as vidas. O Canadá é cada vez mais procurado em termos de educação pelos brasileiros”, observou Banerjee.
E o Canadá foi a escolha de Mabiana Camargo. Formada em Letras pela Unicentro, Mabiana fez mobilidade internacional durante o Mestrado também em Letras na Instituição. Ela passou seis meses estudando na University of Saskatcheawan. Agora, a pesquisadora retornará ao Canadá, desta vez para o doutorado. Serão quatro anos de uma nova experiência internacional. “Devido ao processo de internacionalização, eu cresci muito como aluna, como pesquisadora e também cresci muito no pessoal. A internacionalização é de suma importância para o desenvolvimento não só da Universidade, do aluno, dos profissionais, mas do país”, avaliou.
Outra palestra da Feira de Internacionalização foi ministrada pela professora do Departamento de Letras da Unicentro, Elenir Guerra. A docente inseriu na discussão a inclusão de pessoas com deficiência em atividades de educação internacional. “Hoje, é fundamental esse debate e pensar nessa mobilidade, porque eles estão se empoderando da sua deficiência, dos seus direitos, dessa acessibilidade. Então, essa discussão traz isso a tona e faz com que a gente repense a nossa postura enquanto membros educacionais dessas pessoas com deficiência”, destacou.
A Professora do Departamento de Engenharia Florestal, Gilmara de Oliveira Machado, também acompanhou as atividades da Feira de Internacionalização no Campus Santa Cruz. A docente atua no Mestrado em Bioenergia e acredita que a internacionalização faz parte da própria definição do que é uma universidade. “A Universidade é na sua base internacional, e, ser internacional significa que a gente vai ter contato, não apenas com os pesquisadores dentro da Universidade, mas também com pesquisadores fora da Instituição. É assim que se define a ciência. Se você poder, por exemplo, envolver na ciência alunos da graduação, alunos da pós-graduação e docentes da Universidade é uma forma de você estabelecer parcerias com outros pesquisadores, com outras universidades e, a partir daí, a ciência cresce”, detalhou.
O Diretor do Escritório de Relações Internacionais da Unicentro, Professor Claudio Melo, explica que cada vez mais a comunidade universitária vem buscando atividades de educação internacional e que a prática já se tornou um requisito para avaliação da qualidade dos cursos de graduação e pós-graduação nas instituições de ensino superior. “Quem não tem atividade internacional não é bem avaliado. Os programas de Pós-Graduação não são bem avaliados e mesmo os cursos de graduação ganham em termos de ampliação do seu alcance, aumento de sua qualidade na medida em que desenvolve uma educação plural, com diversidade multicultural, inclusive com outros países”, ressaltou o professor.