Missão de paz da ONU é tema de palestra na Unicentro
O Cinema da Unicentro ficou pequeno. Acadêmicos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Administração e Serviço Social se acomodaram entre as poltronas e nos corredores. A falta de conforto do espaço lotado não foi impeditivo para que todos permanecessem até o fim da palestra “Missão de paz da ONU no Haiti: experiências em Comunicação Social”, apresentada pelo capitão Paulino Lorenzo, do exército brasileiro. Com muita descontração, o capitão trouxe para os estudantes um relato sobre suas experiências, atuando no setor de Comunicação Social.
“A missão de paz é criada pela ONU (Organização das Nações Unidas), através do seu Conselho de Segurança, para que um país que não esteja dentro da totalidade de sua paz, ou que tenha saído de uma grande catástrofe, ou tenha vindo de uma guerra civil, que seja estabilizada a situação desse país. Então, nós não vamos lá para acabar com a guerra. Uma missão de paz é justamente trazer o país de volta a sua estabilidade econômica, social e política”, explicou Lorenzo.
Idealizada pelo professor Márcio Fernandes, do Departamento de Comunicação Social, a palestra, que foi aberta a todos os cursos, era direcionada aos comunicadores e tratava da atuação desses profissionais em zonas precárias ou de conflitos. “A palestra do capitão Lorenzo nos pareceu bastante pertinente porque estamos preparando novas etapas de capacitação de comunicadores em situações de conflito, abriremos para outras áreas, mas é fundamentalmente para comunicadores. Então, nos pareceu importante e, além disso, a palestra em si aborda valores que são fundamentais para convivência social diária, independente da área de formação e de atuação de cada um, como o cooperativismo, a solidariedade, ou seja, dento dessa visão do exército de sempre estender a mão ao outro”, comentou o professor.
Angelo Crystovam, que está no terceiro ano de Jornalismo, contou que já era interessado pela cobertura de guerra e avalia que a palestra explorou um segmento importante da Comunicação Social. “Eu achei interessante a Universidade disponibilizar essa oportunidade para a gente porque é uma coisa que, praticamente, não se vê no curso, e por ter pouco contato a gente acaba não pensando e é mais uma opção, assim que a gente conclui a graduação, no mercado de trabalho”.
Ao fim da palestra, que foi complementada com fotos e vídeos das missões de paz realizadas no Haiti, Lorenzo falou sobre o sentimento de estar envolvido em uma operação de ajuda humanitária. “Participando dessa missão você sente que ajuda, porque as missões que a ONU implementa não têm nenhum cunho político, ela não está ali para favorecer A ou B. Então, você sente que cada coisa que você faz, uma palavra que você dirige para uma pessoa, um ensinamento que você deixa para um local, você tem um sentimento de grandeza, de estar fazendo alguma coisa pelo mundo que você pertence”.