Interdisciplinaridade marcou III Congresso de Agrárias e Ambientais, no campus Cedetg
Visando a interação dos cursos de Agronomia, Biologia, Geografia e Medicina Veterinária, o III Congresso de Ciências Agrárias e Ambientais, realizado na semana passada no campus Cedeteg, contou com diversas atividades focando em temáticas ligadas à saúde e ao meio-ambiente.
O coordenador do Setor de Agrárias e Ambientais (Seaa), professor Jorge Favaro, explica que o evento possibilitou novas experiências para os alunos e trouxe uma movimentação cultural para o campus. “O objetivo era dar uma pausa nas atividades rotineiras dos quatro Departamentos para que, a partir do Congresso, o estudante tivesse acesso a uma formação mais aprimorada, mais técnica. Além disso, foi um momento de integração entre os Departamentos de Agronomia, Veterinária, Biologia e Geografia. Outro momento, seria de troca de experiências nas apresentações de trabalhos, publicações, que é uma coisa importante. O Congresso teve também uma movimentação cultural, uma movimentação até técnica-política, no sentido de discutir um pouco algumas questões que hoje permeiam o meio rural e o meio urbano”.
O Congresso, conforme o professor Jorge Favaro, contemplou a interdisciplinaridade, contando com diversas atividades, como minicursos, oficinas, mesa-redondas e palestras. Para isso, contou com a participação de profissionais que atuam nas áreas, permitindo aos alunos o contato com o mercado de trabalho e temáticas atuais. Um exemplo foi a conferência ministrada pelo professor Guilherme Delgado, que abordou a situação atual da economia brasileira.
“A palestra foi sobre a inserção da economia brasileira na ordem global, principalmente da economia rural. Também falamos sobre a situação crítica, de crise que nós temos de 2013 para cá, que afeta não só o rural como o conjunto político e econômico. E no que diz respeito a conjuntura presente, nós pegamos um tópico que é a PEC 241, que tem efeitos de caráter distorcido, não só sobre a economia hegemônica do agronegócio, mas sobre o conjunto da sociedade, dos setores mais débeis”, explica Guilherme.
Para mestrando em Geografia, Jonathan dos Santos o Congresso permitiu o aperfeiçoamento do que é aprendido em sala de aula. “Eu acho muito importante um evento como esse, porque ele permite a interação da Universidade, das pesquisas que são desenvolvidas aqui, com a interlocução de palestrantes de fora, pessoas que vem de fora que estão expondo isso para a comunidade local, os estudantes dos vários cursos aqui, além de ter um momento que eles podem aprender, desenvolver melhor temas que são trabalhados durante as aulas e há ainda retorno para a sociedade local, para o desenvolvimento regional”.
Segundo o professor Jorge Favaro, os congressos acadêmicos possibilitam reflexões que não são próprias do dia a dia. “Além da questão técnica, que traz coisas que não se discute no dia a dia, traz reflexões, reflexões sobre a realidade brasileira, não só técnica, mas social, política, ambiental, que também é outro foco que se discutiu bastante nesse congresso”.