Mestrado Profissional em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação promove aula inaugural
Gerar recursos humanos e aprimorar a formação de profissionais que atuam na área de propriedade intelectual e transferência de tecnologia nos mais diversos setores da sociedade. Esse é o objetivo do Programa de Pós-graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação (Profnit), ofertado nacionalmente e em rede por diversas instituições de ensino superior, e a Unicentro é uma delas.
A aula inaugural do programa, realizada na última semana, reuniu representantes da Unicentro e das instituições associadas; o coordenador de Ciência e Tecnologia da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), Evandro Razzoto; além dos alunos que fazem parte da primeira turma do mestrado. “O mestrado profissional é um curso de pós-graduação terminal, ou seja, ainda não existe um doutorado profissional. Ele é destinado, principalmente, para as pessoas que querem aplicá-lo profissionalmente nas empresas ou instituições. Por isso, nossos alunos são de diversas áreas profissionais”, explicou o coordenador do programa na Unicentro, Paulo Rogério Pinto Rodrigues.
O curso tem duração de dois anos e, nessa primeira turma, conta com oito alunos regulares e três especiais. A seleção dos estudantes ocorre mediante uma prova nacional elaborada pelo Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (Fortec). Depois dessa prova, os candidatos passam por uma segunda fase, que é de averiguação do currículo. A pontuação é maior para aqueles que têm trabalhos na área de inovação.
O mestrado profissional surgiu a partir de uma demanda do Governo Federal, que percebeu a necessidade da geração de recursos humanos voltados para as áreas de patentes, direitos autorais, marcas e tudo o que se refere a propriedade intelectual, tanto em instituições municipais, federais e estaduais, como também nas empresas de gestão da inovação. Com essa demanda, de acordo com o professor Paulo Rogério, o governo solicitou ao Fortec que reunisse o máximo possível de professores e propusesse um mestrado nacional em rede.
No Paraná, somente a Unicentro e a Universidade Estadual de Maringá são pontos focais do curso. A seleção das universidades que ofertariam o curso foi feita a partir do currículo dos professores, exigindo que eles tivessem produções na área tecnológica. “Tínhamos um grupo bem forte aqui na Unicentro e três professores tiveram os currículos aprovados. Era o número mínimo e as outras universidades não tinham essa quantidade. Com isso, foram agregados professores de outras instituições ao nosso ponto focal”, relatou o professor Paulo. Dessa forma, a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) passaram a ser instituições associadas ao ponto focal Unicentro.
Para o coordenador de Ciência de Tecnologia da Seti, Evandro Razzoto, o mestrado é uma maneira de fomentar a área de inovação. “Nós precisamos fomentar dentro do estado e tornar o estado uma referência para a área de inovação. O estado do Paraná fica muito feliz em ter aqui o seu primeiro mestrado na área. Eu não tenho a menor dúvida que isso vai ser expandido e que tudo o que for produzido aqui, vai gerar muitos frutos”.
O vice-reitor da Unicentro, professor Osmar Ambrósio de Souza, que também participou da aula inaugural, acredita que o programa vai promover a aproximação entre a universidade e o setor produtivo. “Significa a continuidade do crescimento da Unicentro tanto na pós-graduação, quanto na inovação e na transferência tecnológica. A universidade, além o papel de ensinar e produzir o conhecimento, tem que também a missão de desenvolver tecnologias para transferência desse conhecimento para a sociedade”.
“Esse mestrado é para todos, para todas as áreas. A inovação existe desde um processo, de um atendimento, de um serviço, até um processo inovador de um produto ou de um processo industrial. Lá fora, a produção de um país não é vista por artigos, e sim pela sua produção de propriedade intelectual. O primeiro passo nos estamos dando com o Profnit”, salientou o professor Paulo Rogério.