Farmácia Escola da Unicentro faz exames parasitológicos, de graça, em crianças de Guarapuava

O coordenador do projeto, professor Marcos Ereno Auler, explica as etapas para grupo de mães (Foto: Maíra Machado)

Um trabalho feito dentro dos laboratórios da universidade e que beneficia a comunidade de Guarapuava. É para cuidar da saúde e da qualidade de vida das crianças que frequentam os Centros Municipais de Educação Infantil da cidade que o projeto “Saúde itinerante em creches das Unidades Básicas de Saúde do Município de Guarapuava” está sendo desenvolvido, desde o ano passado, pela Farmácia Escola da Unicentro.
Dos 11 CMEIS cadastrados, nove já receberam a visita da equipe. O projeto é uma parceria entre a Prefeitura Municipal, as Secretarias Municipais de Saúde e de Educação, e a Unicentro, através do Departamento de Farmácia. O objetivo é realizar exames parasitológicos em crianças de dois a cinco anos para, na sequência, fornecer tratamento àquelas que forem diagnosticadas com verminoses. “Nesse período a criança está em formação. A presença de vermes acaba prejudicando a formação e a saúde dela. Então, o nosso objetivo é verificar a presença, tentar contornar e eliminar esses vermes”, contou o professor Marcos Ereno Auler, coordenador do projeto.
O primeiro contato é com pais, para que eles autorizem a realização dos exames. Depois do aceite, os responsáveis respondem a um questionário e recebem o material para a realização de três coletas do material de análise. Em seguida, as amostras seguem para os laboratórios da universidade. “São três exames de fezes feitos em cada criança. A gente entrega o resultado dos exames para os pais e os casos positivos são tratados. Temos o medicamento na Farmácia Escola. Então, a criança vai receber o medicamento de graça”, explicou o professor Marcos.

Acadêmicas atendem as maẽs individualmente, esclarecendo dúvidas e procedimentos (Foto: Maíra Machado)

Depois de trinta dias de tratamento, uma nova coleta é realizada. Se as análises apontarem para a reincidência de verminoses, a medicação continua até que os vermes sejam completamente eliminados. Emanuelli Paganini é uma das mães que aceitou que o filho participasse do projeto. Ela vê nessa iniciativa uma maneira de ajudar as mães a garantir a boa saúde dos filhos. “Às vezes a criança até tem alguma coisa e a gente não percebe. Então, dessa forma, é um jeito mais prático para fazer o tratamento bem certinho”.
Benefício para as mamães, para os pequenos e, também, para os profissionais que trabalham no projeto. “Esse contato com os pacientes se torna uma experiência que a gente, muitas vezes, não tem na universidade. Então, é muito bacana para nós como estudantes”, destacou a acadêmica do curso de Farmácia, Emanuela Bernardi.
O projeto é desenvolvido com o auxílio do Programa Universidade Sem Fronteiras. “Nós temos por interesse fazer essa aproximação com as universidades, conhecer a realidade dos projetos por meio dos quais eles estão atuando e exercendo essa função social dentro do estado do Paraná”, avaliou Sandra Cristina Ferreira, coordenadora do Sem Fronteiras.
Essa aproximação com a população mostra que a universidade faz a diferença na busca por uma qualidade de vida cada vez melhor para a população de Guarapuava e do centro-oeste paranaense, como destacou Daniela Martins Motta, que também é uma das mães que aceitou fazer parte do projeto. “O dia a dia é corrido e, às vezes, a gente esquece um pouco dessa parte. O projeto vindo na creche, pra gente, é importante”.

Assista reportagem audiovisual sobre a realização de exames parasitológicos em crianças da rede municipal de ensino pela Farmácia Escola na Unicentro WebTV, no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=QqLcIokJHLI