Unicentro recebe criadores de gado da região em Dia de Campo
A disseminação de informações técnicas sobre a bovinocultura de corte e sobre a chamada pecuária moderna foi o foco do Dia de Campo promovido pelo Sindicato Rural de Guarapuava, pelo Comitê Regional do Programa Pecuária Moderna, pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Paraná (Senar-PR), em parceria com a Unicentro.
As atividades foram realizadas no campus Cedeteg. “Nós estamos fazendo esse evento para motivar os produtores, mostrar as tecnologias que já existem, entrar em contato com eles e mostrar áreas de pesquisa e áreas de demonstração”, explicou o professor Sebastião Brasil Campos Lustosa, do Departamento de Agronomia, que também ajudou na organização.
O Dia de Campo contou com a participação produtores da região e alunos do Senai e do Colégio Agrícola de Guarapuava. No total, 150 pessoas participaram das atividades. Seo Luiz Laudelino Soares, produtor de grãos e criador de gado de corte em Campo Mourão, quis participar do dia de campo para estreitar o contato com as pesquisas feitas na universidade e tentar, assim, obter mais produtividade no campo.
“Dentro da universidade é que se gera a pesquisa que nós, lá no campo, necessitamos para ter um incremento de produtividade, ter lucro principalmente”.
Durante os dois dias de evento, os participantes puderam conferir quatro palestras, além de fazer visitas a alguns sistemas de produção da região. Uma das palestras foi ministrada pelo professor Itacir Sandini, do Departamento de Agronomia da Unicentro. Ele falou sobre os resultados obtidos nos dez anos de pesquisa na área de Integração Lavoura-Pecuária. “É uma oportunidade do produtor rural começar a pensar em não fazer o cultivo de culturas isoladas e, sim, trabalhar em um sistema de produção, onde uma cultura influencia a outra, e o que pode esperar em termos de produção final. Quando bem manejado, e os resultados comprovam, que em vez de termos redução de produtividade, na realidade, nós temos ganho de produtividade”, explicou.
O professor Sebastião Brasil também destacou a importância de promover a interação entre acadêmicos, professores e produtores, na busca pela otimização dos sistemas de produção. “O foco principal é o produtor, para que ele tenha a condição de saber que existem essas tecnologias que já, há mais de 20 anos, vêm sendo geradas na região. A adoção desses sistemas carece ainda do acompanhamento do produtor, precisamos de profissionais de ciências agrárias para que venha conduzir isso no futuro”.