Unicentro e Polícia Militar buscam soluções para a segurança no entorno dos campi universitários
Membros da reitoria e das direções de campus da Unicentro se reuniram, na última sexta-feira (17), com o comando do 16º Batalhão de Polícia Militar, na sede da corporação, para tratar sobre a segurança no entorno das unidades da universidade em Guarapuava. O encontro contou com a presença do vice-reitor da Unicentro, Osmar Ambrósio de Souza; do diretor do campus Santa Cruz, Ademir Fanfa Ribas; da vice-diretora do campus Cedeteg, Adriana Knob; e do coordenador do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Enrique Ernesto Ráez Martinez. Os representantes da Unicentro foram recebidos pelo tenente-coronel Erich Wagner Osternack.
O assunto principal da conversa foi a crescente onda de assaltos nas áreas próximas aos campi Santa Cruz e Cedeteg para, a partir daí, encontrar soluções sobre a questão da segurança nesses locais, além de firmar medidas em conjunto para a conscientização da comunidade acadêmica. “O que nos chegou foram informações bem contundentes que aumentou muito a incidência de furtos, roubos, até agressões a alunos no entorno dos campi. Esse fato nos motivou a agendar essa reunião para discutir essa problemática e buscar uma solução possível para minimizar o que vem acontecendo”, explicou o vice-reitor.
Segundo o tenente-coronel Erich, um grande número de casos não chega ao conhecimento da polícia pela falta do registro de boletim de ocorrência, o que impede a corporação de elaborar ações específicas para cada caso e área. “O importante para nós é que quando aconteça esse tipo de crime próximo à universidade, que os alunos façam o boletim de ocorrência unificado. Isso nos traz uma informação dentro do nosso quadro de estatística, para que nós possamos cientificamente definir dia, horário e local onde iremos aplicar as viaturas e os policiais”.
Entre as medidas a serem tomadas está o patrulhamento ostensivo nos chamados “horários de pico”, de entrada e saída de acadêmicos. “A partir dessa reunião, nós vamos intensificar o policiamento, principalmente nos horários de saída da universidade. Além disso, vamos colocar policiais do serviço reservado, policiais de inteligência, que andam descaracterizados, se infiltrando no meio dos alunos, para que a gente possa identificar eventuais traficantes ou usuários dependentes químicos e até pessoas que vem com intuito de cometer esses furtos e roubos junto a comunidade universitária”, afirmou o comandante Erich.
O vice-reitor da Unicentro também destacou o papel importante da conscientização da comunidade acadêmica. “Uma das ações que nós vamos desenvolver é, de fato, aumentar a consciência dos nossos alunos no sentido de que façam o boletim de ocorrência”. Além de registrar o delito, o tenente-coronel também destaca que os moradores e membros da comunidade acadêmica podem tomar ações preventivas e denunciar atitudes suspeitas. “A gente pede a conscientização da comunidade para que tente minimizar a questão de você ser a próxima vítima de um furto ou roubo. É importante que os nossos acadêmicos pensem na sua própria segurança, até porque a previsão da nossa Constituição Federal diz que a segurança pública é um dever do estado, mas responsabilidade de todos e que cada um pode contribuir”.
Ao término da reunião, as partes se mostraram satisfeitas com o resultado da discussão. “É muito importante essa vinda, essa procura porque, as vezes, o anseio da comunidade acadêmica não chegava para nós da maneira com que nós precisaríamos e que, agora, com as informações que nós tivemos nesta reunião, nós podemos estar colocando o policiamento para evitar esses crimes que vem acontecendo na região da faculdade. Então, é muito importante esse diálogo”, disse o tenente-coronel.
Representando o DCE, Enrique Martinez também aprovou as medidas. “A expectativa é muito boa e grande, eu espero que tenha um retorno como prometido pelo comandante. Essa é a expectativa não só do DCE, como também de toda a comunidade acadêmica. É um primeiro passo para a gente conseguir trazer a segurança que a Unicentro, como polo regional de ensino superior, precisa”.
Quem tiver informações que possam contribuir para a atuação da Polícia Militar pode ligar para o número 190. A ligação é gratuita e anônima. Outro canal disponível é o Narcodenúncia, pelo telefone 181, para informações sobre tráfico de drogas e narcóticos.