Professoras aposentadas são homenageadas na Câmara de Guarapuava
No ano de 2015 a Unicentro comemorou seus 25 anos de história. Em Guarapuava, antes de ser Unicentro, a instituição era a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (Fafig). Desde aquele tempo, muitos são os professores que passaram pelas salas de aula, muitos ainda estão por aqui, participando de projetos e associações, como é o caso da Associação dos Docentes Aposentados da Unicentro (Adau). No início do mês, em comemoração ao dia da mulher, as docentes aposentadas Telma Bitencourt de França e Zilma Haick Dalla Vecchia foram homenageadas pela Câmara Municipal de Guarapuava, como mulheres cidadãs.
Telma representou a Adau e recebeu a homenagem. “Foi emocionante. Primeiro, porque que você vai lá para representar tantas professoras aposentadas, tantas pessoas de grande valor. Nós temos na nossa associação muitas professoras, não posso nem citar algumas porque todas elas foram professoras que se dedicaram que lutaram e que fizeram a Fafig se transformar em Unicentro e, hoje, ver a Unicentro o que ela é. Então, representá-las foi uma missão muito importante, foi uma representação de peso na verdade”, destacou.
Professora Telma trabalhou quase 25 anos entre a Fafig e a Unicentro. Docente do Departamento de Letras, ela também exerceu cargos administrativos, tendo sido, por exemplo, diretora de Cultura na universidade. Hoje, vice-presidente da Adau, ela conta que trabalhar como professora sempre foi algo que lhe fez muito feliz. “Foram muitos anos e foi assim uma experiência muito boa. No início era muito difícil, nós não tínhamos a estrutura que existe hoje. Tudo era muito trabalhado, tudo muito pensado, muito conquistado. Mas a gente conseguiu cumprir a função primeira da Unicentro, naquela época Fafig, que era a docência a formação de professores para todo esse Centro-Oeste do Paraná”, contou.
Além de Telma, outra professora homenageada foi Zilma Haick Dalla Vecchia. Professora da Fafig e Unicentro entre os anos de 1972 a 1995. Zilma, além de professora assumiu cargos administrativos, dentre eles o Arquivo Histórico, hoje, conhecido por Centro de Documentação e Memória da Unicentro (Cedoc), o que lhe traz muito orgulho, como ela mesma conta. “Outra coisa, que para mim também é muito importante e que eu sempre relembro, é que por força das circunstancias, no final de 1980, eu comecei a trabalhar no Arquivo Histórico. Não tínhamos nem arquivo constituído então eu fui responsável pela estruturação e organização do Arquivo Histórico que hoje é o Cedoc”.
A professora Zilma também trabalhou com o Instituto Histórico de Guarapuava desde o seu início, e foi através dele que recebeu a homenagem de mulher cidadã. Ela também falou sobre o orgulho de ser homenageada e fez questão de lembrar de outras mulheres que fizeram parte do Instituto Histórico. “Realmente, eu fiquei até lisonjeada porque eu acho que uma homenagem dessa natureza tem tanta gente que merece ser homenageada. E eu me lembrei de tantas e tantas outras mulheres que nunca na vida terão essa oportunidade de serem homenageadas”, afirmou.
Telma e Zilma são dois exemplos de muitos que a Unicentro tem dentro de sua história. Professora Telma ressaltou essa trajetória das mulheres na universidade e diz que ser homenageada como cidadã, além de muito orgulho, trouxe um peso ainda maior para toda sua história. “Uma coisa que achei importante, que eu gostei muito, é que a homenagem era receber um diploma de mulher cidadã. E isso eu achei interessante, porque não é só uma homenagem a mulher, como sempre se faz homenagem à mulher. Ali foi como mulher cidadã, e isso pesou muito. Foi muito importante, porque em todas as mulheres que foram homenageadas você via que elas tinham um trabalho de cidadã mesmo, que é um trabalho não individual, mas um trabalho de dedicação ao próximo, um trabalho de cidadania de pensar no outro, de pensar no seu próximo”, concluiu.