Nead/Unicentro adere ao manifesto em favor da UAB
Instituições de ensino superior públicas de todo o país integram a Universidade Aberta do Brasil (UAB). O projeto do governo federal leva cursos de graduação e de especialização, através da modalidade de educação a distância, para cidades pequenas, muitas vezes, de difícil acesso e, quase sempre, longe dos municípios onde há uma universidade. Os pólos de apoio presencial estão presentes em 800 cidades espalhadas por todo o território nacional. Só no Paraná, são 13 mil alunos atendidos pelas sete universidades estaduais.
Essa democratização do ensino superior, porém, está ameaçada. Isso porque, o governo federal, movido pela crise econômica que o país vem sofrendo, cortou as verbas de custeio da UAB pela metade. A previsão era que R$ 900 milhões fossem distribuídos, em 2015, para as universidades que participam do programa. Contudo, o orçamento aprovado foi de aproximadamente R$ 400 milhões.
A coordenadora do Núcleo de Educação a Distância da Unicentro (Nead), que faz parte do sistema U-A-B, Maria Aparecida Knüppel, é também presidente do Fórum Nacional dos Coordenadores da U-A-B. Ela explica quais são as implicações do corte financeiro. “Cada universidade está enfrentando uma determinada forma de contingenciamento. Todos estamos tentando sobreviver, levar os nossos cursos porque temos alunos, pois a nossa responsabilidade maior é com o alunado. Temos muitos alunos que estarão sendo formados este ano. Cremos que vamos sensibilizar o governo federal para criar uma política nacional em favor da educação a distância com um orçamento perene”, disse.
E para tentar sensibilizar o governo federal, o Fórum dos Coordenadores da UAB está lançando uma campanha nacional em favor da educação a distância pública e gratuita (confira). O manifesto teve início em 24 de agosto e reivindica o repasse integral da verba de custeio. “É uma campanha que envolve o sistema de Universidade Aberta do Brasil como um todo. Ou seja, as mais de 90 universidades que fazem parte do sistema. E ela visa atingir a comunidade em geral, mas também os nossos tutores, alunos, coordenadores e professores. Toda a comunidade acadêmica, sociedade civil que de alguma forma também tem acesso aos cursos de educação a distância”, conta Cida.
A campanha, que não tem data para acabar, está concentrada na internet, que é uma das possibilitadoras da educação a distância. Todos os alunos vinculados à UAB, ao acessar a plataforma moodle, podem contribuir aderindo à solicitação de petição pública. “É só digitar manifesto em favor da UAB que vai entrar em vários mecanismos da campanha, há várias ferramentas que culminam com a assinatura de uma petição pública. A UAB conta com a assinatura de todos para que, juntos, consigamos mobilizar a sociedade civil e o próprio governo”, finaliza Cida.
Acesse aqui a petição em favor da Universidade Aberta do Brasil.