Acadêmicos de jornalismo da Unicentro organizam exposição no campus Santa Cruz
A explosão da mistura das cores, contrapondo-se com a profundidade registrada em cada foto. É assim que estão sendo apresentadas duas exposições conjuntas no campus Santa Cruz da Unicentro.
“Onze Latas Mortas” e “Riqueza Nativa”, como são intituladas, foram produzidas pelos alunos do quarto ano de Jornalismo da universidade. A acadêmica Priscila Schran Lima juntamente com mais três colegas, produziram o ensaio: “Riqueza Nativa”, um olhar fotográfico sobre as comunidades Kaigang, e Guarani da região de Guarapuava.
“Na tribo Kaigang, na comunidade Marrecas, nós fomos fotografar o trabalho deles porque hoje eles são referência no cultivo de erva mate orgânica e nativa. Toda a produção deles é exportada para o Paraguai. E nos Guaranis focamos a questão da cultura, artesanato, do curador, do pajé, porque eles ainda mantém essa questão bem forte da religião e do artesanato”, diz Priscila.
Mais de 100 fotos foram tiradas. Destas, 30 foram escolhidas para a exposição. Carregadas de sentimento e emoção, as imagens retratam o dia a dia e os costumes das famílias indígenas.
A exposição é uma pequena visão da beleza do que é são as culturas Kaigang e Guarani, é uma riqueza de verdade. Uma riqueza em relações, cultura, organização e trato com a natureza, por isso, o nome Riqueza Nativa.
Além das fotos, uma exposição de quadros está sendo apresentada. Onze Latas Mortas, como é chamada, foi uma iniciativa do professor Anderson Costa, do Departamento de Jornalismo. A ideia surgiu durante as aulas do jornal experimental Bebop.
A primeira edição do Bebop tratou sobre disciplina e mais especificamente sobre como as disciplinas estão ligadas as nossas rotinas. Por isso, o professor buscou referência no Shotgun Paintings, uma técnica de pintura com latas de spray de diversas cores e espingarda, criada na década de 50, muito utilizada pelo pintor e escritor William Burroughs.
O objetivo dessa atividade era promover um tipo de pintura sobre a qual o individuo não tinha nenhum controle sobre o resultado. Por isso, era uma crítica do movimento contracultural as técnicas clássicas de pintura.
“Nós queríamos reproduzir essa técnica e então convidamos o Batalhão da Polícia Militar aqui de Guarapuava para nos auxiliar nisso. Então num determinado dia, nós levamos os materiais para lá, e a PM nos ajudou a produzir essas pinturas”, conta Anderson.
As exposições: Onze Latas Mortas e Riqueza Nativa podem ser conferidas até o dia quatorze de agosto, no campus Santa Cruz da Unicentro.