Portaria do Ministério da Saúde beneficia alunos que possuem deficiência auditiva

Portaria do Ministério da Saúde beneficia alunos que possuem deficiência auditiva

Departamento de Fonoaudiologia fica no Campus de Irati da Unicentro.

Campus de Irati da Unicentro, onde se encontra o Departamento de Fonoaudiologia.

Desde o dia 7 de maio, está em vigor a Portaria 21 do Ministério da Saúde, que incorpora o sistema de frequência modulada pessoal (FM) à acessibilidade da criança ou jovem com deficiência auditiva no Sistema Único de Saúde.

A professora Cristiana Magni, vice-chefe do Departamento de Fonoaudiologia da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), comenta que esta portaria é fruto de um intenso trabalho de profissionais que se dedicam, há muitos anos, à reabilitação do deficiente auditivo e à sua inclusão. Ela também explicou que a iniciativa é um respaldo da lei para que os professores do departamento da Unicentro, que supervisionam estágios na Clínica-Escola de Fonoaudiologia e nas escolas municipais, possam auxiliar pais e educadores no encaminhamento de crianças que se beneficiarão do sistema FM.

Cristiana ressaltou que o aluno deficiente auditivo tende a apresentar grande dificuldade de atenção e compreensão em sala de aula, mesmo com a utilização de dispositivos de amplificação sonora, mas com o sistema de FM haverá melhora na aprendizagem, pois o processo permite a captação da voz do professor, em sala de aula, em uma intensidade favorável, superior à intensidade do ruído da sala de aula, permitindo ao aluno que tenha atenção constante à fala do professor, mesmo que o docente esteja voltado para o quadro negro.

A Portaria 21 é resultado do esforço conjunto de vários profissionais fonoaudiólogos de todo o Brasil, atuantes na pesquisa denominada “Capacitação em Deficiência Auditiva e uso do Sistema de FM para Profissionais da Área da Educação em âmbito Nacional”, com fomento do Ministério da Educação e coordenado pelas professoras Maria Cecília Bevilacqua (Universidade de São Paulo – USP) e Deisy das Graças de Souza (Universidade Federal de São Carlos – Ufscar). No Paraná, a coordenadora da pesquisa foi a professora Cristiana Magni.

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