Projeto do USF ensina a fazer geleias de morango e fisális

Projeto do USF ensina a fazer geleias de morango e fisális

A Associação Comunitária Rocha Loures (Acrol) de Guarapuava recebeu uma surpresa doce no Núcleo Rocha Loures, no bairro Santana. O projeto Fortalecimento e difusão da cultura do morangueiro e do fisalis produzidos em sistema orgânico em propriedades familiares, levado adiante por uma equipe da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), ofertou uma oficina de geleias. A atividade fez parte da V SIEPE, a Semana de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão, organizada pela Unicentro, enquanto evento de caráter multidisciplinar que promove a interação entre graduação, pós-graduação, professores, alunos e comunidade em geral através de minicursos, laboratórios profissionalizantes e palestras.

Segundo a engenheira agronômica e bolsista da proposta Gisele Rocha, a atividade contou com 15 vagas, que foram ocupadas por adolescentes filhos de agricultores da comunidade. “Nós desenvolvemos a oficina apresentando a cultura do morango e, principalmente, do fisális, explicando de onde veio e o seu valor agregado”, comenta sobre a atenção dada ao fisális que, para os pequenos produtores, pode ser uma fonte de alta renda, pois cresce na maior parte dos solos, possuindo uma rápida produção, após 3 ou 4 meses de plantio, e também sendo considerada uma planta medicinal valiosa.

Produto final da oficina de geleias (Foto: André Justus)

A Associação Rocha Loures trabalha com atividades em datas e eventos comemorativas, buscando interagir e profissionalizar a comunidade, mas é a primeira vez que recebe um curso como esse. “Além de ajudar a população a estar mais próxima da universidade, é bom essas novas ideias e oportunidades. Eles vieram aqui mostrar como fazer a geleia e a gente aprendeu, é importante sempre ter algo diferente”, comenta a colaboradora da entidade e moradora do bairro Flávia de Souza Lima Rocha.

O projeto consiste na difusão das duas frutas, oferecendo assistência técnica para os produtores em como e para quem revender suas mercadorias. É uma das mais de 100 propostas que têm sido financiadas desde o começo do ano por meio do programa Universidade Sem Fronteiras (USF), uma das maiores ações extensionistas do Brasil. Estas mais de 100 iniciativas são operacionalizadas diretamente pelas sete universidades estaduais do Paraná – Unioeste, UENP, Unespar, UEL, UEM, UEPG e Unicentro, com recursos obtidos por meio de edital da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, a Seti/PR.

Para a mestre em Biologia Evolutiva e bolsista Camila Reynaud, fazer parte do projeto de extensão é uma forma de contribuir e aprender com a sociedade. “Para nós é uma oportunidade muito interessante. Percebemos que a importância das atividades de extensão é passar o conhecimento que a gente aprende no laboratório e dentro da faculdade para a comunidade em geral”, finaliza.

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