Dinâmica e projeções da distribuição diamétrica em Floresta Ombrófila Mista na região Centro-Sul do Paraná

Fábio Gomes Monteiro

 

Defesa Pública: 28 de agosto de 2019

 

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Allan Libanio Pelissari – UFPR – Primeiro Examinador
Profª. Dra. Izabel Passos Bonete – UNICENTRO – Segunda Examinadora
Prof. Dr. Afonso Figueiredo Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

 

Resumo:

Esta pesquisa teve como objetivo avaliar uma Floresta Ombrófila Mista em relação à sua fitossociologia, dinâmica (incremento, ingresso e mortalidade) e testar procedimentos de prognose da estrutura diamétrica para a floresta e para as três espécies com maior Índice de Valor de Importância (IVI). A pesquisa foi realizada com dados provenientes de parcelas permanentes instaladas na Floresta Nacional (FLONA) de Irati, utilizando-se 25 parcelas permanentes de um hectare. As seis medições dessas parcelas ocorreram a cada três anos, no período de 2002 a 2017, completando 15 anos de monitoramento. O crescimento em diâmetro, ingresso e mortalidade foram avaliados nesse período para a floresta e para as três espécies com maior IVI. Foram utilizados três métodos de projeção: Matriz de Transição, Razão de Movimento e Método de Wahlenberg. A acuracidade das projeções geradas foi avaliada pelo teste de aderência de Kolmogorov-Smirnov (K-S) e Índice de Reynolds (IR). Na medição de 2002 foram registrados 14.287 indivíduos com diâmetro a 1,3 m do solo (DAP) maior ou igual a 10 cm. As três espécies que se destacaram pelo IVI no ano de 2002 foram Araucaria angustifolia, Ilex paraguariensis e Ocotea odorifera. I. paraguaensis foi retirada do ranking entre as três ficando Ocotea porosa em seu lugar, deixando as três primeiras espécies com potencial madeireiro. Esta espécie foi retirada por ser utilizada principalmente para produtos não madeireiros, e também porque as projeções são utilizadas principalmente para prognosticar o crescimento com objetivo de regular a produção da matéria-prima madeireira. Durante os 15 anos de monitoramento, a floresta apresentou um incremento médio em diâmetro de 0,23 cm.ano-1 e o número de árvores mortas foi superior ao número de árvores ingressas em alguns períodos. Para os períodos avaliados, o maior número de fustes do fragmento está concentrado nas duas primeiras classes de diâmetro, nos anos de 2002 e 2017, no entanto em 2017 o número de fustes aumentou a partir da classe 25, em relação a 2002. Observou-se que nos períodos analisados houve uma tendência de redução na projeção da densidade total da floresta para os três métodos testados. As melhores projeções para a floresta em 2008 e 2011 considerando o menor Índice de Reynolds foi obtido por meio da Matriz de Transição e do Método de Wahlenberg. Apesar das taxas de mortalidade em alguns períodos de avaliação serem superiores às de ingresso, a floresta teve um ganho de 7,36 fustes.ha-1 em 15 anos de monitoramento. A Matriz de Transição, Razão de Movimento e Método de Wahlenberg, para um intervalo de três anos, foram consistentes na prognose da distribuição diamétrica somente para projeções até 2011, já para o intervalo de seis anos apenas a Matriz de Transição foi eficaz. Os três métodos foram apropriados para projeção de A. angustifolia, O. odorifera e O. porosa, exceto o método Razão de Movimento que não apresentou boas projeções para O. porosa. Para a projeção com intervalo de seis anos os três métodos foram consistentes para prognosticar o número de fustes de A. angustifolia, O. odorifera e O. Porosa

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