Dinâmica e estratégias para a projeção da estrutura diamétrica em Floresta Ombrófila Mista no planalto Norte Catarinense

Marina da Silveira Gomes

Defesa Pública: 28 de março de 2018

Banca Examinadora:
Prof. Dr. Emanuel José Gomes de Araújo – UFRRJ – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Thiago Floriani Stepka – UDESC – Segundo Examinador
Profª. Dra. Fabiane Aparecida Retslaff Guimarães – UNICENTRO – Terceira Examinadora
Profª. Dra. Andrea Nogueira Dias – UNICENTRO – Orientadora e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:
O estudo teve como objetivo analisar a dinâmica no período de 2004 a 2016 envolvendo a florística, estrutura horizontal, incremento, mortalidade, ingresso e a estrutura diamétrica. Também foram testadas estratégias de agrupamento de dados para prognoses da estrutura diamétrica com o método “Razão de Movimentos” em uma Floresta Ombrófila Mista localizada na Floresta Nacional de Três Barras-SC. Neste fragmento foram instaladas em 2004, 26 parcelas permanentes (um hectare cada), subdivididas em 520 parcelas secundárias (500 m²), essas parcelas foram remedidas em 2009 e 2016. Todas as árvores com DAP ≥ 10 cm foram numeradas, medidas e identificadas. A análise da florística, estrutura horizontal e dinâmica foram realizadas desde a primeira medição. Por meio da análise de agrupamento foi realizada a estratificação das parcelas secundárias. A avaliação das prognoses foi realizada por meio do Teste de Kolmogorov-Smirnov (K-S) e Índice de Reynolds (IR). Foi realizada a prognose para toda a floresta usando o intervalo de sete e 12 anos. Usando a amplitude temporal de sete anos, foi realizada a projeção para três cenários: com todas as espécies da floresta; para os grupos formados por meio da análise multivariada; e para as espécies folhosas e araucária. No ano de 2004 foram encontradas 713,85 árvores.ha-1, em 2009, 703,85 árvores.ha-1, e no ano de 2016 foram registradas 664,65 árvores.ha-1 divididas em 113 espécies arbóreas, 67 gêneros e 39 famílias botânicas. Durante os anos de monitoramento a quantidade de árvores por hectare diminuiu, porém, o número de família, gêneros e espécies botânicas aumentou. Pouco mais de 50% do valor de importância encontrado para toda a floresta no ano de 2016 foram representados por apenas sete espécies, entre elas a Araucaria angustifolia, Ocotea porosa e Matayba elaeagnoides. Durante os doze anos de monitoramento a floresta apresentou um incremento médio de 0,22 cm.ano-1, e um acréscimo de 7,84% na área basal. A taxa anual de ingresso foi de 2,01% e a de mortalidade de 2,68%. A análise de agrupamento resultou em três grupos de parcelas, diferentes entre si quanto à área basal e número de indivíduos. As duas projeções não foram aderentes pelo teste de K-S, sendo que, no período mais curto o número de árvores projetadas por classe diamétrica se aproxima mais do valor real. De acordo com os testes estatísticos as projeções melhoraram quando a prognose foi realizada para os grupos de parcelas homogêneas e para as espécies folhosas e araucária.

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