Florística e fitossociologia em mata ciliar nativa e restaurada às margens do reservatório da Usina Hidrelétrica Salto Santiago, Estado do Paraná

Felipe Fiuza de Lima

Defesa Pública: 12 de maio de 2017

Banca Examinadora:
Prof. Dr. Thiago Floriani Stepka – UDESC – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Pedro Higuchi – UDESC – Segundo Examinador
Profª. Dra. Andrea Nogueira Dias – UNICENTRO – Orientadora e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:
Este trabalho teve como objetivo avaliar a estrutura florística e fitossociológica da área de preservação permanente (APP) do reservatório da Usina Hidrelétrica Salto Santiago, rio Iguaçu, Sudoeste do Estado do Paraná, comparando fragmentos de floresta secundária em estágio médio de regeneração (remanescente) com fragmentos restaurados com espécies nativas, em área de transição entre Floresta Estacional Semidecidual (FES) com a Floresta Ombrófila Mista (FOM). Foram instaladas parcelas de 2.000 m² nas duas tipologias para avaliar a comunidade arbórea acima de 10 cm de DAP (diâmetro a altura do peito), denominado estoque 1, subparcelas de 100 m² para avaliar os indivíduos menores do que 10 cm de DAP e com mais de 3 metros de altura (estoque 2) e ainda subparcelas de 10 m² para avaliar a regeneração natural contabilizando indivíduos entre 0,3 m e 3 m de altura (estoque 3). Ao todo foram amostrados 1 hectare na área remanescente e 0,6 hectare na área restaurada. O levantamento florístico e fitossociológico mostrou que a maior parte das espécies que ocorrem na APP do reservatório da UHSS é de ocorrência natural nas duas formações fitogeográficas, FES e FOM, evidenciando que a área está localizada em uma região de tensão ecológica ou ecótono. Porém na comparação direta entre espécies exclusivas de cada formação, a FES tem mais representantes do que a FOM. Ao todo foram encontradas 62 espécies arbóreo-arbustivas pertencentes a 27 famílias botânicas. A família Fabaceae foi a mais diversa em ambas as comunidades. No entanto em relação à abundância, a família com maior representatividade foi a Sapindaceae, que em todos os estoques das duas comunidades, exceto no estoque 1 da área restaurada, foi a família que teve mais representantes, com destaque para a espécie Cupania Vernalis. Por meio da matriz de abundância, constatou-se que há similaridade entre a densidade dos estratos regenerantes entre as comunidades, no entanto em relação a composição de espécies, ainda há diferenças entre as comunidades. As espécies Cupania vernalis e Matayba elaeagnoides, apresentaram uma alta capacidade de regeneração natural nestes locais, sendo indicadas para áreas a serem restauradas, principalmente em pesquisa de adensamento.

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