BIOESTIMULANTE E ÁCIDO GIBERÉLICO COMO NOVA PROPOSTA NO ENRAIZAMENTO DE MINIESTACAS DE Ilex paraguariensis A. St.-Hill.

Thainah Candido Agudo

 

Defesa Pública: 07 de julho de 2022

 

Banca Examinadora:

Profª. Dra. Miranda Titon – UFVJM – Primeira Examinadora
Profª. Dra. Daniele Ukan – UNICENTRO – Segunda Examinadora
Profª. Dra. Ximena Mendes de Oliveira – UNICENTRO – Terceira Examinadora
Profª. Dra. Fabiana Schmidt Bandeira Peres – UNICENTRO – Orientadora e Presidente da Banca Examinadora

 

Resumo:

A produção de mudas de erva-mate pela via seminífera apresenta várias limitações e uma alternativa à propagação desta espécie consiste na propagação vegetativa, destacando-se a técnica de miniestaquia. Para a espécie não há relatos sobre o uso de ácido giberélico na miniestaquia. Os bioestimulantes têm sido apontados como potenciais alternativas de uso que podem viabilizar o enraizamento de espécies de difícil propagação, sendo escassos estudos envolvendo espécies arbóreas e também inexistente na miniestaquia de erva-mate. Desta forma, a presente pesquisa teve por objetivo avaliar o efeito da aplicação de bioestimulante e ácido giberélico (GA3) no cultivo de miniestacas de erva-mate. A pesquisa foi desenvolvida na empresa Golden Tree Reflorestadora LTDA. Como material vegetal foram utilizados três clones identificados como: BRS 408, BRS 409 e BRS BLD Aupaba. As miniestacas foram tratadas com quatro concentrações do bioestimulante (0; 25; 50 e 100 mgL-1), totalizando 12 tratamentos, com quatro repetições. Em um segundo experimento avaliou-se quatro concentrações (0, 50, 100, 150 mgL-1) de ácido giberélico, totalizando 12 tratamentos, com quatro repetições. Aos 150 dias de idade avaliaram-se as variáveis mortalidade, porcentagem de enraizamento, calogênese, além de parâmetros referentes ao crescimento, qualidade das mudas e trocas gasosas. Sob efeito do bioestimulante, a maior porcentagem de mortalidade foi obtida sob a concentração de 100 mg L-1 e a menor, sem o uso do produto. Já para o enraizamento, a maior porcentagem encontrada foi no tratamento Testemunha (sem uso do produto). Para a calogêsene, a maior porcentagem obtida foi sob efeito da concentração 25 mg L-1. O bioestimulante mostrou efeito significativo apenas para o diâmetro do colo e quanto as variáveis de trocas gasosas, apenas para a concentração interna de CO2 (Ci). As concentrações testadas de bioestimulante não geraram efeito no enraizamento das miniestacas de erva-mate e os clones não se diferiram quanto ao enraizamento. Sob efeito do ácido giberélico, para a mortalidade não obteve diferença significativa entre os tratamentos. Para o enraizamento, o clone Aupaba sob efeito das concentrações de 50 mg L-1 e 100 mg L-1 foi superior aos demais tratamentos. Quanto a calogênese a concentração 150 mg L-1 teve maior mediana e não se diferiu estatisticamente da Testemunha e da concentração 50 mg L-1 . O ácido giberélico foi expressivo significativamente na altura, massa seca da raiz e índice de qualidade de Dickson. Sob efeito do ácido giberélico, a condutância estomática (gs), concentração interna de CO2 (Ci) e taxa de transpiração (E) apresentaram melhores resultados. As concentrações testadas de ácido giberélico mais adequadas no enraizamento para clone Aupaba, foram 50 mg L-1 e 100 mg L-1 . O clone que apresentou melhor enraizamento sob efeito do ácido giberélico foi o Aupaba.

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