Influência do espaçamento no crescimento de Pinus taeda L. na região Centro-Sul do Paraná

João Maurício Pacheco

Defesa Pública: 17 de abril de 2013

Banca Examinadora:

Prof. Dr. André Felipe Hess – UDESC – Primeiro Examinador
Prof. Dr. Sebastião do Amaral Machado – UFPR – Segundo Examinador
Prof. Dr. Afonso Figueiredo Filho – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

Resumo:

Nesta pesquisa foi avaliado o efeito de nove densidades iniciais no crescimento de Pinus taeda L., utilizando-se a análise de tronco completa (ANATRO). O experimento foi instalado em 2002 e está localizado no município de Irati, região Centro-Sul do Estado do Paraná. Foram estabelecidos 9 tratamentos com os espaços vitais entre 1,0 e 16,0 m² (1,0 x 1,0 m; 2,0 x 1,0 m; 2,0 x 2,0 m; 3,0 x 2,5 m; 3,0 x 3,0 m; 3,5 x 3,0 m; 4,0 x 3,0 m; 4,0 x 3,5 m e 4,0 x 4,0 m). Os dados foram coletados nos meses de junho e julho de 2012, aos nove anos de idade, estratificando-se a distribuição diamétrica de cada tratamento em nove classes de diâmetro a 1,3 m (DAP), sendo amostrada uma árvore por classe, totalizando, 81 árvores para aplicação da ANATRO. O efeito da densidade inicial no crescimento do diâmetro (DAP), área transversal, altura total, volume individual, área basal e volume por hectare foi avaliado pelo Delineamento Inteiramente Casualizado. As curvas de produção dessas variáveis foram representadas pelo modelo biológico de Chapman-Richards, assim como os incrementos corrente e médio anual. Também foi estudada a evolução da forma dos troncos com o fator de forma comum. O diâmetro (DAP), área transversal, volume individual, área basal e volume por hectare sofreram influência da densidade inicial a partir do quinto ano de idade e os espaços vitais de 14 e 4 m2 apresentaram, respectivamente, as maiores e menores taxas de incremento individuais. O espaço vital de 14 m2 teve um crescimento médio em diâmetro (DAP), 37% maior do que o espaço vital de menor crescimento (4 m²) aos nove anos de idade. A altura média até os nove anos de idade não apresentou diferença estatística, demonstrando que essa variável é pouco influenciada pelo espaçamento, sendo a maior altura encontrada no espaço vital 14 m², 11% superior ao espaço vital de menor crescimento para essa variável (1 m²). A área basal (G) e o volume por hectare foram afetados pelo espaçamento e mostraram diferenças de crescimento entre tratamentos a partir do quinto ano de idade, onde o espaços vitais de 1 e 2 m² tiveram o maior crescimento para as duas variáveis, respectivamente. O fator de forma artificial indicou que densidades iniciais maiores resultam em troncos 17% mais cilíndricos do que os encontrados para as menores densidades iniciais. O crescimento avaliado com ANATRO e com Parcelas Permanentes (PP) apresentou resultados próximos para as médias individuais do diâmetro, área transversal e volume. Os resultados indicam que o espaço vital de 7,5 m2 divide os tratamentos em dois grandes grupos, ou seja, espaços vitais menores (1 a 7,5 m²) em rotações curtas poderiam ser empregados para produzir biomassa (regime de manejo pulpwood), enquanto os maiores (7,5 m2 a 16 m2 ) seriam mais indicados para gerar multiprodutos em rotações mais longas. Espaços vitais com cerca de 7,5 m2 poderiam ser usados quando ao implantar a floresta, o proprietário ainda não tem certeza do destino final do produto, podendo, portanto, optar pelo regime de manejo pulpwood ou utility.

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