Serviços Ecossistêmicos e qualidade de fragmentos florestais urbanos

Jéssica Thalheimer de Aguiar

 

Data da defesa: 01 de dezembro de 2021

 

Banca Examinadora:

Profª. Dra. Jaçanan Eloisa de Freitas Milani – UFMT – Primeira Examinadora
Prof. Dr. Marcelo Vieira Ferraz – UNESP – Segundo Examinador
Profª. Dra. Angeline Martini – UFV – Terceira Examinadora
Prof. Dr. Everaldo Marques de Lima Neto – UFRPE – Quarto Examinador
Prof. Dr. Rogério Bobrowski – UNICENTRO – Orientador e Presidente da Banca Examinadora

 

Resumo:

Considerando a expansão das áreas urbanas, o entendimento de como os processos ecológicos funcionam nessas áreas tornou-se necessário para a manutenção da diversidade ecológica. Sendo assim, o objetivo desse estudo consistiu em avaliar a qualidade de fragmentos florestais urbanos da cidade de Irati, Paraná, e a capacidade de oferta de serviços ecossistêmicos em comparação a fragmento rural em unidade de conservação federal (FLONA). Para isso, considerou-se uma área de 1,0 ha para cada fragmento, dada a área máxima de um dos fragmentos urbanos. Nestes locais foram realizadas as seguintes avaliações: Levantamento florístico dos estratos adulto e regenerante do componente arbóreo, distribuição espacial das espécies mais abundantes, avaliação do banco de sementes e chuva de sementes, capacidade de interceptação da água da chuva e estoque de carbono. No levantamento florístico (50 parcelas de 10,0 x 20,0 m), considerando todos os indivíduos com DAP ≥ 10 cm, foram mensuradas as variáveis DAP, altura total e identificação das espécies. Para a distribuição espacial das espécies foram tomadas coordenadas métricas de localização na parcela de todos os indivíduos em relação aos eixos X e Y. Foi realizado o levantamento da regeneração em parcelas de 1,0 x 20,0 m considerados os indivíduos da classe 1 (até 1 m de altura), classe 2 (1-3 m) e classe 3 (>3 m e DAP ≤ 5 cm). Em cada parcela de regeneração foi feita avaliação do banco de sementes (sazonalmente) e chuva de sementes (mensalmente). Em cada fragmento foram instalados nove pluviômetros distribuídos fora, na borda e no centro de cada área de estudo com intuito de avaliar a capacidade de interceptação da água da chuva, as avaliações foram realizadas mensalmente no meio de cada estação do ano. O estoque de carbono foi estimado para as três áreas a partir de diferentes modelos estimados por Chave, Ratuchne e Martins. Foi feita uma proporção entre as variáveis ambientais e partir dessa calculado a qualidade florestal e a correlação dessas variáveis com a qualidade a fim de gerar um modelo estatístico a partir das variáveis correlacionadas a fim de determinar a qualidade ambiental de um fragmento florestal urbano. De forma geral, a área verde urbana apresentou simplificação florística ou seja, menores índices de diversidade quando comparado a um ambiente conservado, ainda assim, foi possivel evidenciar os benefícios ambientais da mesma a partir dos serviços ecossistemicos analisados. Além disso, foi possivel gerar um modelo que permite avaliar a qualidade ambiental da área verde urbana a partir de variáveis ambientais que são consideradas importantes para todo o tipo de área verde. A utilização do modelo gerado será de extrema importância e necessidade, levando em consideração a escassez dos estudos sobre áreas verdes urbanas e ainda considerando os inúmeros benefícios das mesmas.

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