MÉTODOS DE CUBAGEM E ESTIMATIVA DA DENSIDADE VERDE DA MADEIRA DE Pinus taeda L. EM DIFERENTES IDADES E SORTIMENTOS

Fabio Gomes Monteiro

 

Defesa Pública : 01 de março de 2024.

 

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Marcelo Bonazza,Universidade Federal de Santa Catarina, Primeiro Examinador.
Dra. Amanda Pacheco Cardoso Moura, Remasa Reflorestadora, Segunda Examinadora.
Prof. Dr. Thiago Floriani Stepka, Universidade do Estado de Santa Catarina, Terceiro Examinador.
Prof. Dr. Afonso Figueiredo Filho, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Quarto Examinador.
Profª. Dra. Andrea Nogueira Dias, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Orientadora e Presidente da Banca Examinadora.

 

RESUMO:

Atualmente a mensuração da madeira na maioria das empresas, é dada em tonelada por meio da pesagem dos caminhões, entretanto, a precificação da madeira é realizada com base no seu volume sólido em metros cúbicos. Para realizar essa conversão de unidade de massa para volume sólido, as empresas adotam um fator de conversão médio. Essa abordagem genérica pode resultar em estimativas imprecisas, pois não leva em consideração fatores como idade e sortimento, que podem afetar a densidade verde. Com base nestas considerações, a presente pesquisa objetivou comparar diferentes métodos de cubagem de madeira, bem como compreender a variação da densidade verde da madeira em diferentes idades e sortimentos de povoamento de Pinus taeda L. A pesquisa foi desenvolvida na fazenda Lageado Grande no município de Bituruna, estado do Paraná, em povoamentos de P. taeda com idades de 11, 15 e 19 anos em espaçamentos 3 m x 2 m, 2,5 m x 2,5 m e 2,5 m x 2,5 m, respectivamente. Para o comparativo dos métodos de cubagem, o delineamento estatístico utilizado foi o em blocos ao acaso (DBC) em esquema fatorial, sendo três métodos de cubagem (Smalian, Huber e Newton) e diferentes sortimentos (S1: 6-13 cm; S2: 13-18 cm; S3: 18-23 cm; S4: 23-33 cm e S5: >33 cm), em seis blocos com 10 toras por bloco, com o intuito de comparar os volumes com e sem casca em três idades distintas (11, 15 e 19 anos) sendo três sortimentos (S1, S2 e S3) na idade de 11 anos, quatro (S1, S2, S3 e S4) na idade de 15 anos e cinco (S1, S2, S3, S4 e S5) na idade de 19 anos. Para avaliação do teor de umidade, densidade básica e densidade verde, o experimento foi o DBC em arranjo fatorial de três idades (11, 15 e 19 anos) em diferentes sortimentos, já descrito anteriormente. Os métodos de cubagem diferiram quanto à idade e tipo de sortimento, sendo que para as idades 11 e 19 anos, independentemente do tipo de sortimento, qualquer um dos métodos avaliados (Huber, Smalian, Newton) podem ser empregados uma vez que não apresentaram diferença estatística significativa. Já para a idade 15 anos, para os sortimentos S1 e S2, pode-se utilizar qualquer um dos métodos, e para o sortimento S3 e S4, o método de Huber e Newton foram os mais indicados. Na avaliação do teor de umidade inicial, densidade básica e a densidade verde, todas as variáveis foram influenciadas pela idade e pelo tipo de sortimento. Os valores de teor de umidade diminuíram com o avanço da idade, enquanto a densidade básica aumentou. Já a densidade verde aumentou com o aumento da idade e diminuiu com o aumento das classes de sortimento. Os resultados indicaram que o método de Huber tende a fornecer as estimativas de volume mais consistentes e com menor variação em diferentes idades e sortimentos. Para a determinação do fator de conversão de peso para volume utilizando a densidade verde recomenda-se considerar as variações identificadas entre idades e sortimentos para obter estimativas mais precisas.

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