EFEITOS DAS CONDIÇÕES DE TORREFAÇÃO NA QUALIDADE DOS PELLETS DE Eucalyptus dunnii E Phyllostachys aurea

Rafaela Faber de Campos

 

Defesa Pública: 02 de dezembro de 2024.

 

Banca Examinadora:

Prof. Dr. Jaime Alberti Gomes, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Primeiro Examinador.

Profª. Dra. Cilene Cristina Borges, Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campus Dois Vizinhos, Segunda Examinadora.

Profª. Dra. Érica Leonor Romão, Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo – EEL/USP , Terceira Examinadora.

Prof. Dr. Eduardo da Silva Lopes, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Quarta Examinadora.

Prof. Dr. Éverton Hillig, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Orientador e Presidente da Banca Examinadora.

 

RESUMO:
O Brasil apresenta inúmeras fontes de biomassas, principalmente de resíduos oriundos de processos produtivos, em quantidades significativas, tais como Bambu e o Eucalipto. Estes resíduos necessitam de meios de utilização adequados, uma vez que seu descarte e disposição inadequada podem causar impactos ambientais. A biomassa in natura consiste em uma fonte alternativa de geração de energia, no entanto, algumas características como baixa densidade, alto teor de umidade e baixo poder calorífico podem limitar seu uso quando comparada aos combustíveis fósseis. Estas características podem ser melhoradas pelo uso de técnicas de compactação e tratamentos térmicos, tais como a peletização e a torrefação. A transformação da biomassa em pellets aumenta a qualidade do biocombustível, reduzindo seu volume e uniformizando suas dimensões. Por outro lado, a torrefação pode contribuir eliminando a umidade e aumentando a hidrofobicidade e o poder calorífico. Diante disto, o presente trabalho teve como objetivo geral avaliar a qualidade de pellets produzidos a partir da biomassa das espécies Phyllostachys aurea (bambu) e Eucalyptus dunnii (Eucalipto), usadas in natura e previamente torrificadas. Os pellets produzidos com as biomassas torrificadas apresentaram qualidades superiores aos pellets da biomassa in natura, sobretudo para as propriedades químicas e energéticas, como carbono fixo e poder calorífico. Em relação a durabilidade mecânica, as médias foram menores. Num segundo momento, os pellets das biomassas in natura foram submetidos a torrefação, demonstrando que, para algumas propriedades, como químicas e energéticas, os pellets torrificados foram superiores, no entanto, algumas propriedades mecânicas dos pellets após torrefação foram prejudicadas, como durabilidade e teor de finos. Portanto, de maneira geral, foi possível concluir que a biomassa de Bambu é uma fonte alternativa para produção de biocombustível, sendo a torrefação um pré-tratamento que pode auxiliar na melhoria da qualidade do produto final.

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