MICORRIZAS, ALUMÍNIO E FERTILIZAÇÃO NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE ERVA-MATE (Ilex paraguariensis A. ST. HIL.)

Eduardo Luiz Costa Tobias Pinto

 

Dissertação Pública: 25 de outubro de 2024.

 

Banca Examinadora:

Profª. Dra. Suelen Cristina Uber, Instituto Federal do Paraná, Primeira Examinadora.
Prof. Dr. João Ronaldo Freitas de Oliveira, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Segundo Examinador.
Prof. Dr. Fabrício William de Ávila, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Orientador e Presidente da Banca Examinadora.

 

RESUMO:

A erva-mate (Ilex paraguariensis A. St. Hil.) desenvolve-se naturalmente em solos ácidos e ricos em alumínio (Al). O manejo adequado da fertilização mineral é essencial para o desenvolvimento inicial da erva-mate. Além disso, as micorrizas podem favorecer o crescimento de espécies florestais nativas. Este estudo objetivou avaliar os efeitos da inoculação micorrízica, da adubação mineral e do alumínio (Al) sobre o desenvolvimento inicial da erva-mate. No primeiro experimento (Capítulo I), os tratamentos consistiram na inoculação de fungos micorrízicos (com e sem micorrizas) associados a diferentes tipos e doses de adubação mineral (fertilizante NPK de liberação controlada e aplicações de soluções nutritivas contendo diferentes doses de N, P e K). No segundo experimento (Capítulo II), foram avaliados dois tratamentos de fertilização do substrato (com e sem adubação) e sete doses de Al aplicadas mensalmente ao substrato. As avaliações de crescimento das plantas consistiram em medições da altura da parte aérea e do diâmetro do coleto em diferentes épocas e na determinação da produção de massa seca da parte aérea e das raízes, do volume de raízes frescas e do índice de qualidade de Dickson. A adubação NPK completa, fornecida na forma de solução nutritiva, proporcionou maior crescimento das mudas de erva-mate, seguida pela adubação NPK de liberação controlada em dosagem moderada. A inoculação micorrízica elevou o crescimento das mudas de erva-mate. As mudas de erva-mate apresentaram alta tolerância ao Al, suportando aplicações mensais de até 1000 mg dm-3 de Al3+ sem apresentar sintomas de toxidez. No entanto, dosagens a partir de 2000 mg dm-3 de Al3+ resultaram em efeitos tóxicos para as mudas. Conclui-se que o Al não beneficia o crescimento inicial da erva-mate. Por outro lado, o manejo adequado da fertilização mineral, associado à inoculação micorrízica, resulta em melhor desenvolvimento das mudas de erva-mate.

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