USO BENÉFICO DE LODO BIOLÓGICO DE INDÚSTRIA DE CELULOSE E PAPEL PARA PRODUÇÃO DE MUDAS E NA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS
Charline Zangalli
Defesa Pública: 30 de março de 2024.
Banca Examinadora:
Prof. Dr. Guilherme Lopes, Universidade Federal de Lavras, Primeiro Examinador.
Prof. Dr. Silvio Junio Ramos, Instituto Tecnológico Vale, Segundo Examinador.
Profª. Dra. Maria Raquel Kanieski, Universidade do Estado de Santa Catarina, Terceira Examinadora.
Profª. Dra. Katia Cylene Lombardi, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Quarta Examinadora.
Prof. Dr. Fabrício William de Ávila, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Orientador e Presidente da Banca Examinadora.
RESUMO:
As indústrias de celulose e papel têm a água como um dos principais insumos do processo produtivo, a qual é tratada por meio de tecnologias implantadas nas Estações de Tratamento de Efluentes (ETE). O principal problema da utilização dessas estações são os resíduos gerados durante o processo, denominados lodos. A disposição inadequada desses resíduos no meio ambiente é nociva. Por ser uma rica fonte de matéria orgânica e conter na sua composição vários nutrientes, diversas possibilidades de uso alternativo desses resíduos são sugeridos. Neste contexto, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a utilização do lodo gerado em uma ETE de indústria de celulose e papel na produção de mudas de espécies florestais nativas da Mata Atlântica que podem ser usadas na revegetação de áreas degradadas e para a recuperação de áreas degradadas pós-mineração. Para o experimento de casa de vegetação, foram utilizadas cinco proporções de lodo (0, 5, 10, 20 e 40%) na composição do substrato para a produção de mudas de quatro espécies florestais nativas e sua avaliação foi por meio do crescimento das mudas, índices de qualidade, biomassa, clorofila e teores nutricionais. O experimento de campo foi realizado em uma área pós-mineração com a incorporação de quatro doses de lodo ao solo degradado (0, 80, 160 e 240 t ha-1). Neste experimento avaliou-se os atributos físicos, químicos e biológicos do solo; crescimento, clorofila e teores nutricionais das espécies nativas arbóreas e biomassa das espécies de adubos verdes. O uso alternativo do lodo foi eficiente tanto para a produção de mudas de espécies arbóreas nativas em viveiros, como para a recuperação de solos degradados. A utilização alternativa desse resíduo é uma técnica promissora, dando suporte para uma disposição adequada, revertendo os impactos negativos da disposição inadequada em recuperação do solo e do ambiente e promovendo ganhos econômicos.